Quatro cidades baianas podem ter nova eleição

Em todo o país, são 87 municípios de 23 estados onde pode haver novas eleições para prefeito devido ao alto índice de votos anulados por terem sido direcionados a candidatos barrados pela Justiça, a maioria pela Lei da Ficha Lima; na Bahia, destaque para Camamu, onde, dos quatro candidatos, apenas um estava completamente apto; no total, 58.95% dos votos foram anulados na terra do dendê

Quatro cidades baianas podem ter nova eleição
Quatro cidades baianas podem ter nova eleição (Foto: Divulgação)


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Bahia 247

Em 87 municípios de 23 estados brasileiros poderão ocorrer novas eleições para prefeito devido ao alto índice de votos anulados por terem sido dados a candidatos barrados pela Justiça, a maioria por causa da Lei da Ficha Limpa.

Ao todo, 32 dessas cidades estão no Nordeste. O Ceará fica em primeiro lugar no ranking, com, 15 municípios prestes a ter o pleito anulado e, consequentemente, a realização de novas eleições para definir o próximo prefeito. Em seguida aparecem o Rio Grande do Norte, com cinco cidades; Bahia, com quatro; Pernambuco, Maranhão e Paraíba, com duas cada um; e Piauí e Sergipe, com uma cidade cada.

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De acordo com levantamento do site Congresso em Foco, em todo o país, 96 candidatos a prefeito foram barrados, somando um total de 884 mil votos perdidos. No total, cerca de seis mil postulantes a algum cargo eletivo neste pleito municipal perderam aproximadamente 3,4 milhões de votos em função de problemas no que diz respeito a Lei da Ficha Limpa ou por conta de outras irregularidades no registro eleitoral.

Na Bahia, as cidades cujas eleições podem ser anuladas são Camamu, Muquém do São Francisco, Pojuca, e Salinas das Margaridas.

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Em Camamu, o caso é bastante emblemático, pois, dos quatro candidatos, três foram barrados pela Justiça Elitoral. No total, 58,95% dos votos foram anulados. O barrados foram Ioná Queiroz (PT), ex-prefeita destituída no primeiro semestre de 2012 inelegível por abuso de poder econômico e político; seu sucessor Américo José da Silva (PSD) – atual prefeito, na lista de ficha suja do Tribunal de Contas da União (TCU); e Idalina Rocha de Miranda (DEM), impugnada por não apresentar as contas eleitorais de 2008.

O único candidato sem impedimentos com a Justiça foi Chico Vasconcelos, do PMDB. E a história ficou mais complicada. A candidata vencedora foi Emiliana de Zequinha da Mata (PP), indicada na eleição pelo ex-prefeito José Raimundo Assunção Santos (PP), o Zequinha da Mata, que chegou a concorrer no início, mas foi proibido de disputar o pleito devido à falta de quitação eleitoral e à rejeição de contas dos anos de 2000 e 2001.

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Zequinha apresentou sua irmã na tarde do sábado (6), véspera da eleição e é grande a possibilidade de a progressista ter seus votos anulados.

Segundo o Código Eleitoral, caso 50% ou mais dos votos sejam anulados pela Justiça, deve-se convocar uma nova eleição. Agora, vale ressaltar que se mais da metade da população votar nulo, isso não invalida o pleito.

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O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmouacreditar que será menor o número de municípios onde ocorrerão novas eleições, pois o Ministério Público e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estão com um carga significativa de recursos atrasados envolvendo as eleições. "Vamos ter que examinar caso a caso. Eu acredito que o número não deve ficar tão grande assim", disse.

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