Em defesa da Bahia

Se a presidente Dilma Rousseff aprovar o texto dos royalties do petróleo sem veto, a Bahia pulará dos atuais 2,31% para 9,39% de participação na divisão dos recursos já a partir de 2013; o governador simplesmente ignora a relevância da medida



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Governo baiano precisa ter uma postura mais firme em favor do nosso Estado

Duas questões políticas importantes para o futuro da Bahia, que serão decididas em Brasília nos próximos meses, e a conduta leniente do governo estadual diante delas merecem uma atenção especial de todos nós, baianos.

A primeira é a sanção pela presidente Dilma Rousseff do projeto de lei que muda a distribuição dos royalties de petróleo, que deve acontecer até esta sexta-feira (30). O texto, aprovado pela Câmara Federal no início deste mês, se confirmado sem veto pela chefe do Executivo, possibilitará um aumento estimado de, pelo menos, R$ 560 milhões anuais em arrecadação para os cofres do Estado, segundo dados divulgados pela Secretaria de Planejamento.

Nesse caso, a Bahia pulará dos atuais 2,31% para 9,39% de participação na divisão dos royalties de petróleo e gás já a partir de 2013. Um acréscimo que, com certeza, será muito bem-vindo e poderá facilmente ser aplicado em melhorias na qualidade dos precários serviços públicos de saúde, segurança pública e educação oferecidos à população.

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Apesar disso, o governador simplesmente ignora a relevância da medida e nada faz para convencer sua amiga presidente a sancionar o projeto. Uma conduta que não é compatível com o cargo que ocupa, de responsável maior por lutar pelos interesses do nosso Estado. Aqui, prefere-se prejudicar milhões de baianos a correr o risco de perder a amizade, quando o mais prudente seria 'amigos, amigos, negócios à parte'.

A outra questão diz respeito à demarcação das divisas do oeste baiano com os Estados de Goiás, Tocantins e Piauí. A disputa por 100 mil hectares de nosso território está no Supremo Tribunal Federal (STF) e pode trazer, de acordo com a Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), prejuízos de até R$ 486 milhões.

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A área possui grande potencial agrícola e está situada numa porção do Estado que, por conta da falta de políticas públicas eficazes ao longo dos anos, há muito busca sua emancipação política. Também nesse episódio, a demora do Chefe do Executivo estadual em se inteirar do problema gerou uma instabilidade ainda maior nos agricultores e moradores.

Em ambos os casos, fica evidente a falta de engajamento e a necessidade urgente de uma mudança na forma de o governo tratar questões relevantes para o nosso Estado. A Bahia, mais do que nunca, precisa de um governador atuante, dedicado, que esteja sempre pronto para realizar as ações necessárias em nome dos interesses de nossa terra. Dessa forma, nossa gente terá um lugar mais justo e cheio de oportunidades para viver.

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