Geddel lamenta silêncio de Wagner sobre Rosemary
"Não estou aqui para julgar ninguém, muito menos sem provas, mas acho que quem tem seu nome citado em alguma denúncia tem que se pronunciar e esclarecer tudo. O governador é uma autoridade, é uma figura pública", disse Geddel Vieira Lima em entrevista ao 247 sobre o silêncio de Jaques Wagner (PT), que teve reuniões marcadas com empresários através de Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo
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Romulo Faro_Bahia 247
O vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa, Geddel Vieira Lima (PMDB), foi cauteloso ao comentar com o 247 o caso Rosemary Noronha, a ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo apontada pela Polícia Federal como chefe de um esquema contraventor que facilitava contratos entre o governo em empresas privadas em troca de benefícios a ex-servidora.
"Sou daqueles que partem do pré-suposto de que todo mundo é inocente até que se prove o contrário, agora defendo uma apuração rigorosa da Polícia Federal e de todos os órgãos competentes", disse o líder do PMDB na Bahia.
Geddel acha "lamentável" o fato de o governador Jaques Wagner (PT) não se pronunciar sobre o fato de seu nome ser citado pela Polícia Federal. A própria assessoria do governador confirmou que ele recebeu em seu gabinete representantes das empresas Tecondi e Formitex, apontadas como beneficiárias no esquema. A reunião teria sido feita a pedido de Rosemary.
"Não estou aqui para julgar ninguém, muito menos sem provas, mas acho que quem tem seu nome citado em alguma denúncia tem que se pronunciar e esclarecer tudo. O governador é uma autoridade, é uma figura pública", disse Geddel em entrevista há pouco ao 247.
No final de semana, em inauguração de obra em Vitória da Conquista, interior do estado, Jaques Wagner se limitou a dizer que defende as investigações. Mas não disse se houve ou não alguma irregularidade.
"Acho corretíssimo, se tem uma suspeita ela tem que afastar para que as investigações prossigam e que nada atrapalhe a investigação. A nossa regra sempre foi essa. Se tem algum problema errado nós vamos investigar, se alguém fez alguma coisa errada tem que pagar", disse o governador em entrevista ao Blog do Anderson.
O ex-governador e ex-senador César Borges (PR), atual vice-presidente de Governo do Banco do Brasil, também teve seu nome citado na Operação Porto Seguro, mas já declarou em público que Rosemary Noronha usou seu nome "para tentar demonstrar prestígio".
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