Ficha Limpa dá mais uma oportunidade a Camamu

Decisão da Justiça Eleitoral de realizar nova eleição na cidade do baixo sul baiano representa mais uma chance para o município virar uma página na história e se livrar de um exemplo que não deve ser seguido

Ficha Limpa dá mais uma oportunidade a Camamu
Ficha Limpa dá mais uma oportunidade a Camamu (Foto: Edição 247)


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Bahia 247

A decisão do juiz da 78ª Zona Eleitoral João Paulo Guimarães Neto, da comarca de Camamu, de anular as eleições locais, nas quais três ex-prefeitos foram enquadrados na Lei da Ficha Limpa e ficaram impedidos de disputar o pleito, oferece aos eleitores do município do Baixo-Sul da Bahia mais uma oportunidade de superar um exemplo a ser esquecido e virar uma página lamentável da política eleitoral baiana.

A eleição foi anulada e outra será realizada porque mais de 50% dos votos foram para dois ex-prefeitos, Ioná Queiroz (PT) e Américo José da Silva (PSD), que tiveram suas respectivas candidaturas inferidas pela justiça eleitoral.

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Além dos dois, o ex-prefeito Zequinha da Mata (PP) também teve negado o registro da candidatura. Com isso, na véspera do pleito, Zequinha surpreendeu os eleitores ao colocar em seu lugar a irmã, Emiliana Assunção. Ela venceu a eleição, com 5.993 votos do total de 18.406, mas a manobra só não surtiu efeito porque os votos de Américo (5.729, ou 31.13% do total) e de Ioná (4.128, 22,43%) foram anulados pelo juiz Guimarães Neto.

Com isso, a soma dos votos nulos representou 53,56%, o que levou o magistrado a anular o pleito com o seguinte argumento: "Desta forma, em que pese a excepcionalidade em tais casos, tendo a nulidade atingido mais da metade dos votos dos eleitores que foram às urnas, o pleito em análise não se mostra capaz de legitimar um gestor público municipal com respeito à vontade dos eleitores, na forma legal".

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O segundo colocado, com 911 votos válidos, foi Chico Vasconcelos, do PMDB, único candidato ficha limpa. Diante da decisão, apenas os vereadores eleitos tomarão posse de seus respectivos cargos no próximo dia 1º de janeiro. Mas ainda cabe recurso à decisão. Até lá, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA) deverá marcar novas eleições.

O próximo presidente da Câmara de Vereadores será o comandante do Executivo municipal até os eleitores escolherem outro gestor ou gestora para a cidade. Numa eleição marcada pelo indeferimento do registro de candidaturas, o eleitor de Camamu terá uma nova chance de escolher certo. Oxalá, dessa vez acerte.

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A decisão do juiz cabe recurso. Até a decisão final muitas águas turvas devem se arrastar pela bela Baía de Camamu, que merecia uma sorte melhor.

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