Kassab quer Otto na briga pelo governo da Bahia
Com a segunda maior bancada na Assembleia, com 12 deputados, o PSD do vice-governador Otto Alencar é visto como uma pedra no caminho do governador Jaques Wagner (PT) na tentativa de fazer seu sucessor em 2014; e para engrossar o coro, o líder nacional da legenda, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, fez uma lista com sete estados nos quais o PSD terá candidato a governador em 2014; a Bahia é um deles
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Bahia 247
Vai se concretizando a possibilidade de o recém-criado, porém 'gigante', PSD ser a pedra no caminho do PT de Jaques Wagner em 2014. Com a segunda maior bancada na Assembleia Legislativa, com 12 deputados, o partido tem legitimidade vista pelos próprios aliados do governo de ter candidatura própria e nesse contexto o 'candidato natural' é o vice-governador Otto Alencar, que preside o PSD na Bahia.
E para engrossar o coro, o líder nacional da legenda, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, fez uma lista com sete estados nos quais o PSD terá candidato a governador em 2014 e a Bahia está inclusa.
Na conta de Kassab, Santa Catarina, Tocantins, São Paulo e Bahia são unidades em que o partido está consolidado e com musculatura suficiente para pleitear a vaga de protagonista no próximo pleito.
Contudo, Otto continua a adotar a postura de lealdade a Jaques Wagner e afirma de pé junto que não tem projeto pessoal de ser candidato. O presidente do PSD na Bahia nega veementemente que baterá chapa com o candidato do PT e afirma que só entraria na disputa com o aval do chefe do Executivo.
Mas, agora, Otto diz que é candidato a senador. "O Kassab é meu amigo há mais de 20 anos e ele, como presidente do partido, pode querer que eu saia candidato a governador na Bahia. Eu não sou candidato a governador. Eu sou candidato a senador", disse em entrevista à Tribuna da Bahia.
Segundo Otto, mesmo que haja um indicativo da direção nacional do partido, ele não deve ser candidato ao Palácio de Ondina, ainda que o PSD insista na hipótese de viabilizar uma candidatura própria na Bahia em 2014.
"Não tenho aspiração a ser governador. Eu saí do Tribunal de Contas dos Municípios para ser candidato a senador e como havia a possibilidade de César Borges vir para a base do governador, ele [Wagner] me pediu para ser candidato a vice e eu aceitei".
Contudo, nos bastidores do poder, é grande o número de apostadores na candidatura de Otto Alencar.
O vice-governador acumula experiência de deputado estadual, secretário de estado, vice-governador em duas oportunidades, como parte integrante da base de apoio do antigo carlismo, e agora na administração de Wagner, e ainda como governador em 2002, quando César Borges renunciou ao mandato para concorrer ao Senado.
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