Geddel, o mais abusado dos aliados, pode cair da CEF

Neste sábado, dia da convenção nacional do PMDB, a presidente Dilma Rousseff fez seu mais explícito gesto de apoio ao partido; citou Ulysses Guimarães, disse que governa junto com o vice Michel Temer e afirmou que a aliança terá "vida longa"; em seguida, o baiano Geddel Vieira Lima, que é vice-presidente da Caixa Econômica Federal indicado pelo PMDB, classificou o discurso como "insuficiente"; será que ele fica no cargo?

Geddel, o mais abusado dos aliados, pode cair da CEF
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247 - O político baiano Geddel Vieira Lima, que deve concorrer ao governo da Bahia em 2014, gosta de brincar com fogo. Indicado por Michel Temer para uma das mais poderosas vice-presidências da Caixa Econômica Federal, a de pessoas jurídicas, ele tem sido, desde o início do governo Dilma, um dos mais abusados aliados da presidente. No início do ano, foi o pivô de uma guerra pública na Caixa Econômica Federal, entre PT e PMDB. Nas eleições municipais de 2012, rompeu com a aliança governista e foi um dos principais artífices da eleição de ACM Netto, do DEM, em Salvador. Em entrevista recentes, não tem poupado elogios a Eduardo Campos, do PSB, sinalizando que uma ala do PMDB poderia até vir a apoiá-lo contra Dilma. Mas, neste sábado, talvez tenha ocorrido a gota d'água, que pode até selar seu destino na Caixa Econômica Federal.

Como se sabe, na convenção do PMDB, ocorrida em Brasília, a presidente Dilma reafirmou sua aliança com Michel Temer, deixando claro que a chapa de 2014 seria a mesma de 2010. Mais do que isso, ela fez seu mais enfático discurso em defesa da aliança. Citou Ulysses Guimarães, disse que governa junto com o vice Michel Temer e afirmou que a parceria PT-PMDB terá vida longa.

E o que fez Geddel? Disse que o discurso de Dilma foi "insuficiente" por não lançar Michel Temer a vice – o que, neste momento, a quase dois anos das eleições presidenciais, seria até ilegal. Dilma saiu possessa. E não será surpresa se Geddel, na próxima semana, tiver que procurar um novo emprego.

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Leia, abaixo, o noticiário da Reuters sobre a convenção do PMDB: 

Em convenção, PMDB reafirma chapa Dilma-Temer em 2014

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Por Jeferson Ribeiro

BRASÍLIA, 2 Mar (Reuters) - Em mais um movimento com vistas às eleições presidenciais de 2014, o PMDB reforçou na sua convenção nacional neste sábado a posição do partido de apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff, e os peemedebistas reafirmaram o desejo de reeditar a chapa com Michel Temer como vice-presidente.

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Coube à própria Dilma conclamar o PMDB para dar continuidade ao seu projeto.

"Eu conclamo o PMDB e sua juventude, suas mulheres, seu parlamentares, suas lideranças e sobretudo sua militância a continuarmos trabalhando juntos, para garantir que o fim da miséria seja só um começo", discursou a presidente.

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Temer também reforçou a necessidade de PT e PMDB continuarem juntos na atual aliança.

"(Quero reafirmar a) inafastabilidade dessa aliança que deu certo para o país, que é a aliança PT e PMDB, para salientar que devemos caminhar em 2014 da mesma forma que caminhamos agora para o bem de todo Brasil", disse Temer, que deve ser reconduzido para o comando do partido durante a convenção.

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O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que tem se desentendido com o PT na negociação para sua sucessão em 2014, fez um discurso focado na importância das alianças políticas para o seu governo.

"Insatisfações existem, mas não podemos esquecer que o PMDB ensinou ao Brasil que só se pode fazer realizações com aliança (política). E nós temos uma aliança, é Michel Temer e Dilma Rousseff", afirmou.

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Dilma também não poupou elogios a Temer, indicando que ele deve continuar sendo seu vice na chapa de 2014.

"O vice-presidente Michel Temer é o grande parceiro que eu poderia ter para as responsabilidades de governar o país... Nós formamos a chamada dobradinha, que se completa e se complementa. Só tenho a agradecer ao trabalho do Temer", disse Dilma em discurso.

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"Hoje estamos dando mais um passo na nossa aliança", prosseguiu a presidente.

2018

Apesar a reedição da dobradinha anunciada neste sábado, o presidente interino do PMDB, Valdir Raupp, disse que o partido precisa lançar o maior número de candidaturas a governador em 2014 para formar uma liderança capaz de disputar a Presidência em 2018.

Dilma aproveitou também para atacar os adversários, que, segundo ela, estão apostando no "fracasso do país".

"Mais uma vez os mercadores do pessimismo vão perder, mais uma vez os que apostam todas as fichas no fracasso do país vão se equivocar. Torcer contra é o único recurso daqueles que não sabem agir a favor do Brasil", atacou Dilma.

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