Estiagem ainda vai durar três meses no Nordeste

Boletim climático foi apresentado em reunião em Maceió. Especialistas afirmam que o Nordeste enfrenta a estiagem mais longa do século e, ainda que chova, será um fenômeno isolado; as chuvas vão ficar concentradas nos Litorais e Zona da Mata; o Sertão e o Agreste não devem acompanhar esse quadro

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Alagoas247 - A informação é decepcionante e assustadora, mas a situação extrema de seca deve continuar no chamado Setor Leste do Nordeste - que vai do Rio Grande do Norte à Bahia -, pelos próximos três meses. É o que foi anunciado em uma reunião entre especialistas em meteorologia de todo o país. Um estudo foi apresentado nesta sexta-feira (19-04) no Palácio do Governo, em Maceió.

 O boletim da Quadra Chuvosa, que compreende os meses de abril, maio, junho e julho, foi elaborado na Reunião de Análise e Previsão Climática que acontece mensalmente e reúne meteorologistas de todo o Brasil. Eles levam em consideração As condições regionais da pluviometria e globais dos oceanos e da atmosfera também são levadas em consideração.

A probabilidade de chuva acima da média para a região Leste do Nordeste é de apenas 20%. Para chuvas dentro do esperado, estima-se a probabilidade de 35%. Porém, as previsões não são animadoras quando se fala na possibilidade de chover abaixo da média, 45%.

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De acordo com Ariane Frassoni, representante do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos e Instituto Espacial de Pesquisas Espaciais (CPTEC/INPE), esta é a estiagem mais longa do século, mas não a pior em relação à ausência de chuvas.

"Apesar das previsões de que as chuvas continuem abaixo da média, não se descarta episódios de chuva intensa decorrente da atuação de distúrbios ondulatórios de leste", ressalta Ariane.

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De acordo com o meteorologista da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Alagoas, Emanuel Teixeira, ainda que chova, será um fenômeno isolado. "As chuvas se concentrarão nos Litorais e Zona da Mata, o Sertão e Agreste não devem acompanhar esse quadro", disse.


Os dados foram recebidos com preocupação pelo meteorologista de Pernambuco, Thiago Luiz Bezerra. "A principal questão é que já encerrou o período chuvoso do sertão de Pernambuco e não terá mais quantidade significativa de chuva para repor as águas das barragens. Essa previsão pessimista também deve prejudicar nosso Agreste", afirmou.

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Segundo o vice-governador de Alagoas, José Thomaz Nonô (DEM), o governo estadual está profundamente preocupado com as previsões. "Temos feito o possível dentro das limitações, correndo atrás dos recursos do Governo Federal, porque se o inverno for como o que foi previsto nesse estudo, significa que antes do fim do ano nós já teremos agonização da seca novamente", afirmou Nonô. 

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