Barroso nega "movimentações políticas"

Nome que resultou de uma escolha pessoal da presidente Dilma Rousseff, o advogado Luís Roberto Barroso já demarca posição própria; avisa que não precisa de "movimentações políticas" para assumir o cargo juridico mais cobiçado do Brasil; uma primeira farpa em colegas como Joaquim Barbosa e Luiz Fux, que foram indicados ao ex-presidente Lula por políticos; o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e os ministros Barbosa e Marco Aurélio Mello elogiaram a escolha: "Profissional digno de elogios"

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247 - Numa de suas primeiras entrevistas após ser indicado pela presidente Dilma Rousseff para o Supremo Tribunal Federal, o advogado constitucionalista Luís Roberto Barroso disse que a indicação não foi fruto de "movimentações políticas". O futuro ministro, que ainda precisará passar por sabatina no Senado, foi ouvido pela Globo News antes de viajar para compromisso fora de Brasília.

Em breve conversa com o comentarista Gerson Camarotti, também da Globo News, o jurista descreveu brevemente o encontro que teve com a presidente Dilma Rousseff antes de sua escolha. "A presidente Dilma teve uma conversa totalmente republicana, sem nenhum pedido especial", disse Barroso, que se disse "muito honrado" com a indicação.

"Fico feliz com a perspectiva de servir ao país e de retribuir o muito que recebi. Aguardo, com serenidade, a próxima etapa, que é a apreciação do meu nome pelo Senado Federal", disse o constitucionalista. O advogado só soube da escolha hoje. Ele esteve no Palácio do Planalto por volta das 11h30 com a presidente Dilma, quando foi convidado oficialmente. Também estava presente o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

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Também indicado por Dilma para o Supremo, o ministro Luiz Fux provocou desconforto ao revelar em entrevista à Folha de S.Paulo que fez campanha para entrar na Corte Suprema. A primeira declaração de Barroso, que disse se recusar a comentar qualquer tema em julgamento do STF até passar pela sabatina no Senado que deve referendar seu nome, reforça que a decisão para sua escolha foi de Dilma, que se reuniu com diversos juristas até fazer sua opção.

Elogios

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Ministros do STF elogiaram a indicação de Barroso para a 11ª vaga da Corte. Durante intervalo da sessão do STF, o presidente da Corte, ministro Joaquim Barbosa, disse que considera Barroso um excelente nome para o Tribunal. "Não só pelas qualidades técnicas, como pessoa, mas também pelo fato de que somos colegas da Universidade do Rio de Janeiro".

Para o ministro Marco Aurélio Mello, segundo mais antigo do STF, Barroso "será recebido de braços abertos como um grande estudioso do direito, um profissional digno de elogios". Barroso ainda será sabatinado no Senado antes de ter o nome confirmado para o cargo.

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O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, também elogiou a escolha. "É um jurista consagrado e que certamente trará ao Supremo uma preciosa e valiosa contribuição". Ele disse que Barroso poderá participar do julgamento dos recursos da Ação Penal 470, o processo do mensalão, caso ele se considere preparado. "Na verdade o julgamento dos embargos é um novo julgamento. A princípio não há dificuldade".

Com Agência Brasil

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