Repúdio internacional contra violência da PM contra jornalistas

Comitê para Proteção dos Jornalistas, Repórteres sem Fronteiras e Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo condenam a violência policial contra profissionais que faziam seu trabalho; ao todo, 15 jornalistas foram feridos e o caso mais grave é o do repórter fotográfico Sérgio Silva, da Futura Press, que corre o risco de ficar cego

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Do Portal Imprensa - Após agressões sofridas por profissionais de imprensa na última quinta-feira (13/6) durante os protestos contra o aumento da passagem do transporte público, entidades de proteção aos jornalistas manifestaram repúdio à ação policial.

O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) solicitou que as autoridades brasileiras permitam que os profissionais trabalhem livremente sem temor de perseguição. "É inaceitável que a polícia detenha e persiga repórteres que tentam realizar seu trabalho", disse Carlos Lauría, coordenador sênior do programa das Américas do CPJ.
 
A organização Repórteres Sem Fronteiras apelou à Secretaria de Direitos Humanos e à ministra Maria do Rosário para que iniciem uma investigação sobre “as brutalidades e as graves violações das liberdades constitucionais cometidas pela Polícia Militar“.
 
Para a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), “os ataques deliberados da Polícia Militar à imprensa” são condenáveis. De acordo com a entidade, pelo menos quinze jornalistas foram feridos durante a manifestação.
 
“A Abraji cobra dos responsáveis que os agentes envolvidos nas agressões físicas contra repórteres e manifestantes sejam identificados e punidos”, declarou, em nota. “A Abraji também espera uma explicação oficial da Secretaria de Segurança Pública para a prisão de todos os jornalistas detidos. Impedir o repórter de realizar seu trabalho é violentar toda a sociedade; é atentar contra a democracia.”
 
Já a Conectas cobrou a realização de uma audiência pública com o secretário de segurança, Fernando Grella, e com o secretário municipal de direitos humanos, Rogério Sotilli. Nesta manhã, a entidade deu início a uma série de contatos com diversas redes de organizações de direitos humanos nacionais e estrangeiras.

“O que aconteceu foi um absurdo intolerável. Em nome de, supostamente, cumprir uma ordem simples, como preservar o patrimônio ou garantir a livre circulação pelas vias da cidade, a polícia incorreu numa longa lista de gravíssimas violações, que inclui espancamentos, uso sádico de munição não letal, cerceamento do direito de manifestação, de associação, de circulação, de expressão, enfim, um desequilíbrio total, seja por má fé ou incompetência”, protestou Lucia Nader, diretora executiva da Conectas.

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