A hora do rasga-máscaras no baile dos hipócritas

Agora, o povo está nas ruas. Quer um transporte público melhor, que não seja indigno e humilhante. Quer políticos melhores, que não sejam indignos e humilhantes



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Eis que chegou o momento, no baile dos hipócritas, em que as velhas máscaras, já desbotadas e puídas, caem rasgadas.

Não assisto o JN da mal afamada Globo há anos, mas soube, por intermédio do Brasil 247, que foi notícia também por lá, no telejornal dos “Homer Simpson” brasileiros, o espetacular escândalo de corrupção dos políticos tucanos paulistas no Metrô de São Paulo. Um acerto entre amigos que, dizem as autoridades, envolve um “troco de pinga” de cerca de R$600 milhões. Será que aí seria caso de se falar também em “formação de quadrilha”, como se fez na AP 470?  Ou aí nesse caso, a história é “diferente”? Parece ser diferente, parece ser muito pior!

Os hipócritas até então, sorridentes e tranquilos, bailavam e bebericavam em seus convescotes numa conhecida casa de eventos da Rua Maranhão, no bairro de Higienópolis em São Paulo, onde residem nove entre dez tucanos. Por estranha coincidência, num aparente “sinal dos tempos” a referida casa, também ela, por uma dessas raras ironias do destino, passa por momentos difíceis e está fechando as portas. A decadência é generalizada. A casa “caiu”.

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Sempre disse em meus artigos que o porrete que se desce em Chico deve-se descer também em Francisco; que esse falso moralismo de se condenar o caixa 2 do PT era hipocrisia e cinismo; e que, em vez disso, deveríamos todos, jornalistas, educadores e formadores de opinião, minimamente honestos, serenos e comprometidos com a verdade factual, além de condenar o caixa 2 do PT (e de TODOS os demais partidos), educar/informar a população da necessidade de se fazer, em caráter de urgência, uma reforma política nesse país, com base, principalmente, no financiamento  público de campanhas e na diminuição do números de candidatos e partidos.

 Fala-se e escreve-se bastante, ao que tudo indica em vão.

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Sim, o financiamento público de campanhas não é a panaceia salvadora que nos livrará completamente de todos os males. Mas é uma forma de se evitar (ou coibir) que os políticos e, o que é pior, o Estado brasileiro, se transforme numa “rampeira” de quinta categoria, de joelhos, diante dos interesses das grandes corporações transnacionais e dos grandes empresários brasileiros. O Estado brasileiro deve ter preservadas a sua integridade e soberania, e deve estar a serviço tão somente do bem-estar do povo brasileiro. E não só do bem-estar de uns poucos privilegiados.

Mas isso não parecia, ao menos até então, interessar às “rampeiras” do establishment, que só se ocupavam com sua efêmera felicidade à custa de propinas, pequenas prebendas, sinecuras obscuras, champanhe vagabundo e cocaína batizada. E só se ocupavam em fazer fofocas sobre os “pecados” e os “escândalos” alheios nas colunas de política de veículos comprados com o chamado “mensalão” da mídia.

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Às mascaras caíram porque o bafo acre do povo e o “insuportável” alarido de seus queixumes começaram a incomodar a débil alegria e a aparente tranquilidade do baile dos hipócritas.

Agora, o povo está nas ruas. Quer um transporte público melhor, que não seja indigno e humilhante. Quer políticos melhores, que não sejam indignos e humilhantes. Quer uma mídia mais democrática, que não seja parcial e degradante.

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O povo tomou as ruas. E agora, ao que parece, quer fazer valer [para valer!] a tal máxima de Lincoln: “Do povo, pelo povo, para o povo”. Palavras por muitos proferidas em vão, usurpadas. Não mais.

Eu, tu, nós, vós ele, a população  enfim, está/estamos cansado(s) de tanta injustiça e hipocrisia. 

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Basta! 

Já deu para a turma do baile dos hipócritas.

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