Nogueira: recomendação de Janot é absurda

Colunista diz que novo procurador geral da República segue histeria do presidente do STF, Joaquim Barbosa, ao recomendar prisão imediata dos réus da AP 470; segundo ele, “o julgamento está sob profunda suspeita, em que crescem as evidências de uma injustiça histórica perpetrada por juízes”

Colunista diz que novo procurador geral da República segue histeria do presidente do STF, Joaquim Barbosa, ao recomendar prisão imediata dos réus da AP 470; segundo ele, “o julgamento está sob profunda suspeita, em que crescem as evidências de uma injustiça histórica perpetrada por juízes”
Colunista diz que novo procurador geral da República segue histeria do presidente do STF, Joaquim Barbosa, ao recomendar prisão imediata dos réus da AP 470; segundo ele, “o julgamento está sob profunda suspeita, em que crescem as evidências de uma injustiça histórica perpetrada por juízes” (Foto: Roberta Namour)


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247 – O novo procurador geral da República, Rodrigo Janot, pediu ontem ao STF a prisão imediata dos réus da AP 470. O processo deve ser concluído hoje para 13 condenados. Paulo Nogueira, do Diario do Centro do Mundo, contesta. Diz que recomendação é absurda diante de um “julgamento sob profunda suspeita”. Leia:

Que o STF diga não à recomendação absurda de Janot

Péssimo começo

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E lá vem o novo procurador geral da República, Rodrigo Janot.

No mesmo estilo de Joaquim Barbosa, no mesmo estilo consagrado pelo general Figueiredo com seu célebre ‘prendo e arrebento’, Janot recomenda ao STF a prisão imediata de 23 dos 25 reus do Mensalão.

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Faz sentido?

Não. Com exclamação. Assim: não!

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Olhemos os fatos: o Mensalão pode ser dividido em duas fases. Na primeira, sob a histeria tosca de Joaquim Barbosa e sob adulação copiosa da mídia aos carrascos, dispensaram-se até provas para condenar os acusados.

Na segunda, baixada a poeira que turvava a visão e o juízo, apareceram elementos em profusão que sugeriam que o julgamento fora, na verdade, uma grande farsa. Um caso de caixa 2 – um entre inumeráveis no mundo político brasileiro – foi transformado na “maior corrupção da história da República” por uma mídia que se vestiu de normalista depois de passar a vida toda em bordeis.

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Nestas circunstâncias, em que o julgamento está sob profunda suspeita, em que crescem as evidências de uma injustiça histórica perpetrada por juízes incapazes de inspirar confiança e admiração, por que uma recomendação tão espalhafatosa?

Para ser capa da Veja? Para aparecer no Jornal Nacional como um heroi?

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A hora impõe serenidade, e não o fundamentalismo expresso na sugestão de Janot ao STF.

Num artigo sobre cotas para negros publicado hoje no DCM, um jurista fez um grande ponto.

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“Roberto Lyra, promotor de Justiça e um dos autores do Código Penal de 1940, recomendava aos colegas de Ministério Público que antes de pedir a prisão de alguém deveriam passar um dia na cadeia. Gênio, visionário e à frente de seu tempo, Lyra informava que apenas a experiência viva permite compreender bem uma situação.”

Janot poderia ter se inspirado em Lyra antes de mandar todo mundo para a cadeia. Mas preferiu se inspirar no avesso de Lyra, Joaquim Barbosa.

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Que o STF faça o que deve fazer: diga não a Janot.

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