Policial da Lava Jato, o ‘Careca’, pede absolvição

Defesa do policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho alegou à Justiça que ele não tinha conhecimento do conteúdo dos envelopes que entregava a mando de Alberto Youssef e que não fazia parte da organização criminosa; o policial afirmou à PF em depoimento que já entregou a quantia de R$ 1 milhão para o então governador de Minas Antonio Anastasia a pedido do doleiro; tucano nega

Defesa do policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho alegou à Justiça que ele não tinha conhecimento do conteúdo dos envelopes que entregava a mando de Alberto Youssef e que não fazia parte da organização criminosa; o policial afirmou à PF em depoimento que já entregou a quantia de R$ 1 milhão para o então governador de Minas Antonio Anastasia a pedido do doleiro; tucano nega
Defesa do policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho alegou à Justiça que ele não tinha conhecimento do conteúdo dos envelopes que entregava a mando de Alberto Youssef e que não fazia parte da organização criminosa; o policial afirmou à PF em depoimento que já entregou a quantia de R$ 1 milhão para o então governador de Minas Antonio Anastasia a pedido do doleiro; tucano nega (Foto: Gisele Federicce)


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André Richter - Repórter da Agência Brasil

A defesa do policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, conhecido como Careca, investigado na Operação Lava Jato, afirmou nesta sexta-feira 30 à Justiça Federal que não tinha conhecimento do conteúdo dos envelopes que entregava a mando do doleiro Alberto Youssef. Com base nas alegações, o agente pediu absolvição sumária ao juiz Sérgio Moro.

Em resposta à ação penal aberta contra o policial, os advogados alegam que ele não fazia parte de organização criminosa. Segundo a defesa, Careca foi contratado pelo doleiro, em 2012, para prestar serviços de segurança pessoal.

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Os advogados admitiram que ele entregava documentos a pedido de Youssef. No entanto, justificam que ele não sabia do que se tratava. Jayme foi preso na sétima fase da operação Lava Jato, deflagrada ano passado, e já está solto. O agente é acusado de entregar propina a políticos.

"Admite-se que, no período trabalhado, o denunciado Jayme possa eventualmente ter entregue algum valor a mando de Youssef, assim como fez com vinhos e outros documentos. Porém, em todas as oportunidades tratava-se de envelopes lacrados, do qual o denunciado sequer possuía conhecimento do conteúdo, muito menos da quantidade de valores ou ao fim que se destinava", afirmou a defesa.

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As declarações da defesa diferem do depoimento prestado pelo agente à Polícia Federal. De acordo com reportagem divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo no dia 8 de janeiro, o policial afirmou que foi enviado a Belo Horizonte para entregar R$ 1 milhão a pedido de Youssef.

Segundo o agente, o dinheiro foi entregue em 2010, em uma casa da capital mineira, a uma pessoa que não se identificou. Conforme o policial, o doleiro disse que o dinheiro era para o então governador Antônio Anastasia.

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Em nota divulgada após a publicação da reportagem, Anastasia disse que nunca se encontrou com o policial e que não conhece Alberto Youssef.

"Em primeiro lugar, registro que não conheço este cidadão. Nunca estive ou falei com ele. Da mesma forma, não conheço, nunca estive ou falei com o doleiro Alberto Youssef. Em 2010, já como governador de Minas Gerais, não tinha qualquer relação com a Petrobras, que não tinha obras no estado, ademais do fato de eu ser governador de oposição ao governo federal", declarou.

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Em petição encaminhada no último dia 13 à Justiça Federal, em Curitiba, o próprio doleiro Alberto Youssef negou que tivesse ordenado o envio de dinheiro para o senador eleito.

Por determinação do juiz Sérgio Moro, Jayme Alves foi afastado das funções de policial federal em novembro passado. Ele é réu em uma das ações penais da operação e não fez acordo de delação premiada.

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