‘Empreiteiras lucraram 4 vezes o custo da propina’, diz procurador

Quem mais ganhava com o esquema de corrupção na Petrobras eram as empreiteiras, afirma o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, que investiga o caso; "Ainda creio que o esquema gerava um lucro para elas que deveria ser três ou quatro vezes o custo da propina, do que elas distribuíam para os partidos. Agora, quanto desse valor elas conseguiriam num esquema legal, se tivessem obedecido todas as leis e competissem entre si, ganhassem só algumas obras, realmente ai eu acho que temos uns 10% de lucro a mais do que seria razoável", detalhou, em entrevista

Quem mais ganhava com o esquema de corrupção na Petrobras eram as empreiteiras, afirma o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, que investiga o caso; "Ainda creio que o esquema gerava um lucro para elas que deveria ser três ou quatro vezes o custo da propina, do que elas distribuíam para os partidos. Agora, quanto desse valor elas conseguiriam num esquema legal, se tivessem obedecido todas as leis e competissem entre si, ganhassem só algumas obras, realmente ai eu acho que temos uns 10% de lucro a mais do que seria razoável", detalhou, em entrevista
Quem mais ganhava com o esquema de corrupção na Petrobras eram as empreiteiras, afirma o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, que investiga o caso; "Ainda creio que o esquema gerava um lucro para elas que deveria ser três ou quatro vezes o custo da propina, do que elas distribuíam para os partidos. Agora, quanto desse valor elas conseguiriam num esquema legal, se tivessem obedecido todas as leis e competissem entre si, ganhassem só algumas obras, realmente ai eu acho que temos uns 10% de lucro a mais do que seria razoável", detalhou, em entrevista (Foto: Aline Lima)


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247 – Um ano após o início da Operação Lava Jato, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, integrante da força tarefa que apura as denúncias de corrupção na Petrobras, acredita hoje que as empreiteiras ficaram com a maior fatia do bolo no esquema de superfaturamento e favorecimento em contratos da estatal. Em entrevista à Folha, ele declarou que elas devem ter faturado até quatro vezes o custo do que pagaram em propina.

"Eu acho que são as empreiteiras. Ainda creio que o esquema gerava um lucro para elas que deveria ser três ou quatro vezes o custo da propina, do que elas distribuíam para os partidos. Agora, quanto desse valor elas conseguiriam num esquema legal, se tivessem obedecido todas as leis e competissem entre si, ganhassem só algumas obras, realmente ai eu acho que temos uns 10% de lucro a mais do que seria razoável", disse.

Questionado sobre a tese de que as companhias investigadas eram achacadas, ele respondeu: "Nós já desmontamos. O [delator] Nakandakari falou que eles davam dinheiro para facilitar as coisas. Não era nem o [ex-diretor da Petrobras Pedro] Barusco que pedia dinheiro para ele. Era assim que funcionava. 'Toma ai, você vai ter uns R$ 2 milhões para facilitar a liberação de um aditivo'".

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De acordo com o procurador, "essa é uma engrenagem. Num momento pode até parecer um achaque. No outro momento pode parecer ser oferta. Ela [propina] fazia parte da natureza das relações que eles estabeleciam entre si, desde 1808".

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