À frente do golpe, Bicudo foi lobista da Alstom

Autor de um dos pedidos de impeachment já rejeitados pela Câmara contra a presidente Dilma Rousseff, o advogado Hélio Bicudo é agora acusado de ter intermediado contratos no setor elétrico, atuando como lobista em favor da Alstom no escândalo conhecido como 'trensalão' de São Paulo; furo é do jornalista Joaquim de Carvalho, no Centro do Mundo; em depoimento ao Ministério Público do Estado, Bicudo, embora seja descrito como um homem com pleno domínio de suas faculdades mentais, disse que não se lembra se já teve conta bancária na Suíça; reservadamente, segundo o texto, os procuradores até admitem que, fosse Bicudo mais jovem, poderiam lhe dar alguma dor de cabeça; 'Mas quem tem disposição para processar um homem de 93 anos de idade?', questiona Carvalho

Autor de um dos pedidos de impeachment já rejeitados pela Câmara contra a presidente Dilma Rousseff, o advogado Hélio Bicudo é agora acusado de ter intermediado contratos no setor elétrico, atuando como lobista em favor da Alstom no escândalo conhecido como 'trensalão' de São Paulo; furo é do jornalista Joaquim de Carvalho, no Centro do Mundo; em depoimento ao Ministério Público do Estado, Bicudo, embora seja descrito como um homem com pleno domínio de suas faculdades mentais, disse que não se lembra se já teve conta bancária na Suíça; reservadamente, segundo o texto, os procuradores até admitem que, fosse Bicudo mais jovem, poderiam lhe dar alguma dor de cabeça; 'Mas quem tem disposição para processar um homem de 93 anos de idade?', questiona Carvalho
Autor de um dos pedidos de impeachment já rejeitados pela Câmara contra a presidente Dilma Rousseff, o advogado Hélio Bicudo é agora acusado de ter intermediado contratos no setor elétrico, atuando como lobista em favor da Alstom no escândalo conhecido como 'trensalão' de São Paulo; furo é do jornalista Joaquim de Carvalho, no Centro do Mundo; em depoimento ao Ministério Público do Estado, Bicudo, embora seja descrito como um homem com pleno domínio de suas faculdades mentais, disse que não se lembra se já teve conta bancária na Suíça; reservadamente, segundo o texto, os procuradores até admitem que, fosse Bicudo mais jovem, poderiam lhe dar alguma dor de cabeça; 'Mas quem tem disposição para processar um homem de 93 anos de idade?', questiona Carvalho (Foto: Romulo Faro)


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247 - Autor de um dos pedidos de impeachment já rejeitados pela Câmara contra a presidente Dilma Rousseff, o advogado Hélio Bicudo é agora acusado de ter intermediado contratos no setor elétrico, atuando como lobista em favor da Alstom no escândalo conhecido como 'trensalão' de São Paulo. Furo é do jornalista Joaquim de Carvalho, em texto no Diário do Centro do Mundo (DCM). 'A considerar o que a Justiça da Suíça apurou sobre a corrupção do grupo multinacional Alstom no Brasil, Bicudo é um moralista sem moral', diz a publicação. 

"Bicudo era um intermediário e como tal ele viabilizou em 1971 um importante contrato para a Cogelex no Brasil", disse um ex-executivo da Alstom no Brasil, o francês Michel Yvan Cabane, em depoimento prestado ao Ministério Público da Suíça, em 2009.

A Cogelex faz parte do grupo Alstom e, na época em que Bicudo viabilizou o contrato para a empresa, a multinacional ampliava sua atuação no Brasil, com obras, serviços e venda de equipamentos para a Eletropaulo, na época uma empresa pública, e também para Furnas.

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Cabane contou que contratou Bicudo porque ele "era naquela época consultor jurídico de uma parte do governo". O ex-executivo lembrou ainda que o então procurador de justiça tinha um sobrinho, Mário Bicudo Filho, que era diretor jurídico da CESP, a empresa estatal que cuidava da geração de energia em São Paulo.

'O trabalho dos dois Bicudos em favor da Alstom atravessou a década de 70, permaneceu na década de 80 e ainda se manteve na década de 90. Eles eram tão conhecidos da multinacional francesa que, em anotações apreendidas pela polícia suíça, os executivos se referem a eles como "Tonton" (titio em francês) e Neveu (sobrinho, na mesma língua)', relata Joaquim de Carvalho no DCM.

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Depois de ouvir Bicudo, em São Paulo, os promotores se reuniram para discutir a hipótese de processar o ex-procurador de justiça, mas concluíram que a ação de Bicudo é anterior à lei de improbidade administrativa, o que tornaria o processo nulo. Em âmbito criminal, eles avaliam que se o caso fosse recente, ele poderia ser enquadrado, no mínimo, pelo crime de advocacia administrativa. "Com certeza, seria exonerado do Ministério Público", disse um dos promotores, conforme o texto de Joaquim de Carvalho.

Reservadamente, eles até admitem que, fosse Bicudo mais jovem, poderiam lhe dar alguma dor de cabeça. 'Mas quem tem disposição para processar um homem de 93 anos de idade?', questiona o jornalista.

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Hélio Bicudo foi chamado para depor no Ministério Público Estadual, e, embora seja apresentado como um homem com pleno domínio de suas faculdades mentais, disse que não se lembra se já teve conta bancária na Suíça.

Disse que é possível que tenha tido, já que recebia seus "honorários" por depósitos bancários da matriz. Honorário é como ele chama o dinheiro que recebeu da Alstom. Disse que seu trabalho era o de advocacia – segundo ele, permitido pela lei da época, em caso de licitação internacional.

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