"Não temos competência para acabar com o Brasil", diz Delfim

Ex-ministro da Fazenda criticou a situação política do País, que tem refletido a crise econômica que se instalou; "Os 29 partidos representados no Congresso não têm fidelidade ao governo e os parlamentares não têm fidelidade aos seus partidos", afirmou; para Delfim, a presidente Dilma Rousseff precisa retomar a governabilidade, garantindo condições favoráveis ao futuro econômico do Brasil; "Ela devia readquirir o espírito guerreiro, apresentar as propostas para o Congresso e ir para a rua tomar panelada, dizer para o sujeito: 'é para salvar o teu neto'", afirmou; "Ou então vai embora, se não quiser reassumir o seu protagonismo"

SÃO PAULO, SP - 31.01.2013: LIVRO/TEMER/LANÇAMENTO/SP -  Delfim Netto - O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP), lança o livro “Anônima Intimidade, na livraria Cultura do Conjunto Nacional, na região da avenida Paulista, nesta quinta feira.
SÃO PAULO, SP - 31.01.2013: LIVRO/TEMER/LANÇAMENTO/SP - Delfim Netto - O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP), lança o livro “Anônima Intimidade, na livraria Cultura do Conjunto Nacional, na região da avenida Paulista, nesta quinta feira. (Foto: Aquiles Lins)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Do Infomoney - "Estamos em um presidencialismo de coalizão, que, já dizem, é um presidencialismo de colisão. Os 29 partidos representados no Congresso não têm fidelidade ao governo e os parlamentares não têm fidelidade aos seus partidos", afirmou o ex-ministro da Fazenda Delfim Netto, durante evento sobre o histórico do debate econômico na imprensa brasileira promovido pelo Insper e pelo jornal Valor Econômico.

Ele ainda afirmou que o grande problema não é a situação do País. "O que é ruim e atrapalha o Brasil é a perspectiva e a desconfiança de que perdemos o controle sobre a dinâmica da dívida pública", afirmou. "Não é tanto o nível que importa. É a dinâmica que faz a tragédia", afirmou. "O déficit primário ainda vai piorar e terminar o ano em 2% do Produto Interno Bruto (PIB)", estimou.

Delfim afirmou que há "desequilíbrio estrutural implícito na Constituição que deixa perspectivas ruins. Se isso não for mudado, vamos caminhar muito mal. Mas isso só pode ser feito com o domínio da política. A solução é o governo readquirir os instrumentos políticos para fazer 4 ou 5 mudanças fundamentais para mudar a dinâmica da dívida".

continua após o anúncio

Para o ex-ministro da Fazenda, Dilma precisa retomar a governabilidade, garantindo condições favoráveis ao futuro econômico do Brasil. "Dizem que ela foi guerrilheira", afirmou, destacando que ela deve readquirir seu espírito guerreiro, ir ao Congresso apresentar propostas ou ir embora.

"Ela devia readquirir o espírito guerreiro, apresentar as propostas para o Congresso e ir para a rua tomar panelada, dizer para o sujeito: 'é para salvar o teu neto'". "Ou então vai embora, se não quiser reassumir o seu protagonismo".

continua após o anúncio

Delfim falou ainda sobre a falta de governabilidade que a presidente enfrenta, podendo contar apenas com cerca de 120 parlamentares nas votações, apesar da base aliada possuir 324 parlamentares, dizendo que não há maior probabilidade disso acontecer. Sobre a reforma ministerial, que deu mais espaço ao PMDB, ele afirmou: "a mudança de ministério foi o pior sinal do mundo. Uma parte esperta do PMDB impôs um '171' a Dilma. Tanto é verdade que depois da reforma, o governo não ganhou nada", afirmou.

Para ele, só há uma solução para a situação fiscal atual, que passa pela política. "Só há uma solução, em que você readquira os instrumentos políticos para fazer quatro ou cinco mudanças que são fundamentais e que vão mudar a perspectiva da dívida."

continua após o anúncio
continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247