Blairo Maggi pagou ‘mensalinho’ para deputados durante governo, diz Riva

Ex-deputado estadual José Riva revelou que enquanto foi governador do Mato Grosso, o atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PR), pagou "propinas milionárias para deputados", para ter o apoio deles na Assembleia Legislativa; declaração foi dada no reinterrogatório da ação penal derivada da Operação Imperador; apenas de 2005 a 2008, segundo Riva, o governo de Blairo teria repassado um total de R$ 37,5 milhões a boa parte dos deputados à época; "Nesse período [2003 a 2004] foram movimentados R$ 1,1 milhão. Em 2005 aumentou para R$ 3,4 milhões. Em 2006 foram R$ 6 milhões. Em 2007, quando era presidente o Sérgio Ricardo, R$ 12 milhões. Em 2008, R$ 15 milhões", disse Riva, que foi ex-presidente da Assembleia por vários mandatos

Ex-deputado estadual José Riva revelou que enquanto foi governador do Mato Grosso, o atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PR), pagou "propinas milionárias para deputados", para ter o apoio deles na Assembleia Legislativa; declaração foi dada no reinterrogatório da ação penal derivada da Operação Imperador; apenas de 2005 a 2008, segundo Riva, o governo de Blairo teria repassado um total de R$ 37,5 milhões a boa parte dos deputados à época; "Nesse período [2003 a 2004] foram movimentados R$ 1,1 milhão. Em 2005 aumentou para R$ 3,4 milhões. Em 2006 foram R$ 6 milhões. Em 2007, quando era presidente o Sérgio Ricardo, R$ 12 milhões. Em 2008, R$ 15 milhões", disse Riva, que foi ex-presidente da Assembleia por vários mandatos
Ex-deputado estadual José Riva revelou que enquanto foi governador do Mato Grosso, o atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PR), pagou "propinas milionárias para deputados", para ter o apoio deles na Assembleia Legislativa; declaração foi dada no reinterrogatório da ação penal derivada da Operação Imperador; apenas de 2005 a 2008, segundo Riva, o governo de Blairo teria repassado um total de R$ 37,5 milhões a boa parte dos deputados à época; "Nesse período [2003 a 2004] foram movimentados R$ 1,1 milhão. Em 2005 aumentou para R$ 3,4 milhões. Em 2006 foram R$ 6 milhões. Em 2007, quando era presidente o Sérgio Ricardo, R$ 12 milhões. Em 2008, R$ 15 milhões", disse Riva, que foi ex-presidente da Assembleia por vários mandatos (Foto: Aquiles Lins)


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Lucas Rodrigues e Vinicius Mendes, do Midianews - O ex-deputado estadual José Riva revelou que os governos do falecido Dante de Oliveira e do atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), pagavam propinas milionárias para deputados, no intuito de ter o apoio deles na Assembleia Legislativa.

A declaração foi dada no reinterrogatório da ação penal derivada da Operação Imperador, que ocorreu na tarde desta sexta-feira (31). A audiência é conduzida pela juíza Selma Arruda, da Vara Contra o Crime Organizado da Capital.

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A ação apura suposto esquema que teria desviado R$ 61 milhões da Assembleia Legislativa, de 2005 a 2009. O esquema operava por meio de compras de fachada com empresas fornecedoras de materiais do Legislativo.

Apenas de 2005 a 2008, segundo Riva, o governo de Blairo teria repassado um total de R$ 37,5 milhões a boa parte dos deputados à época.

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"Nesse período [2003 a 2004] foram movimentados R$ 1,1 milhão. Em 2005 aumentou para R$ 3,4 milhões. Em 2006 foram R$ 6 milhões. Em 2007, quando era presidente o Sérgio Ricardo, R$ 12 milhões. Em 2008, R$ 15 milhões", disse Riva, que foi ex-presidente da Assembleia por vários mandatos.

Na audiência, ele citou os nomes de 34 supostos beneficiários da propina: o ex-deputado e ex-governador Silval Barbosa; o ex-deputado e atual conselheiro afastado do TCE, Sérgio Ricardo; os deputados Mauro Savi, Dilceu Dal Bosco, Pedro Satélite, Sebastião Rezende, Zé Domingos, Guilherme Maluf, Gilmar Fabris, Wagner Ramos, Adalto de Freitas; o ex-deputado e atual secretário adjunto da Casa Civil, Carlos Brito; o ex-deputado e atual conselheiro do TCE, Campos Neto; os ex-deputados Nilson Santos, Airton Português, Eliene Lima, Maksuês Leite, Ademir Bruneto, João Malheiros, Zeca D'Ávila, Nataniel de Jesus, Antônio Brito, José Carlos de Freitas, João Malheiros e Renê Barbour; o ex-conselheiro do TCE Alencar Soares; o ex-deputado e ex-secretário de Educação, Carlão Nascimento; o ex-deputado e ex-prefeito de Várzea Grande, Wallace Guimarães; o ex-deputado e ex-prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz; o ex-deputado e ex-conselheiro do TCE, Humberto Bosaipo; o ex-prefeito de Sinop, Juarez Costa; o ex-deputado e ex-prefeito de Cuiabá, Chico Galindo; a ex-deputada e ex-vereadora Chica Nunes e o já falecido ex-deputado Walter Rabello.

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Confira como foi a audiência:

Início do mensalinho

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Riva contou que no final do governo Dante, Blairo Maggi tinha um discurso duro com relação a Assembleia, tanto que foi eleito com minoria. Em razão disso, conforme ele, alguns parlamentares temiam parar de receber o 'mensalinho' que Dante supostamente pagava.

"Deputados me procuraram pra saber se continuariam recebendo propina igual ao governo anterior, que era restrito à bancada. Aí começou o governo Blairo e ele falou que não ia continuar com isso. Ele estava disposto a passar um valor para a Assembleia, mas que fosse para passar a todos os deputados, para ajudar o governo na Assembleia".

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Esse pagamento já acontecia no governo Dante, veio para o governo Blairo e foi até o fim do governo Silval

"Nesse período [2003 a 2004] foram movimentados R$ 1,1 milhão. Em 2005 aumentou para R$ 3,4 milhões. Em 2006 foram R$ 6 milhões. Em 2007, quando era presidente o Sérgio Ricardo [atual conselheiro afastado do TCE], R$ 12 milhões. Em 2008, R$ 15 milhões".

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Riva disse que era o responsável por distribuir os valores aos deputados, juntamente com o ex-vice-governador Silval Barbosa (PMDB). Segundo Riva, o mesmo esquema continou quando Silval foi eleito governador. Além deles, também fazia a distribuição o ex-secretário de Finanças da Assembleia, Edemar Adams (já falecido).

"Ou falo tudo ou nada" 

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A juíza perguntou sobre a periodicidade dos supostos pagamentos feitos por Blairo aos deputados.

"Tanto ele quanto o Silval repassaram. Quando algum deputado era mais duro com o governo, ele [Blairo] pedia pra conversar com ele. Eram pagamentos mensais".

Selma Arruda questionou se Riva também se beneficiou com os repasses.

"Sim. Eu recebia, gastava com o gabinete, mas também em benefício próprio. Eu conversei com meus advogados: ou eu falo tudo ou eu não falo nada, não vou chegar aqui e falar pelas metade. Gastei com uso pessoal. Esse pagamento já acontecia no governo Dante, veio para o governo Blairo e foi até o fim do governo Silval".

Mais deputados e empresas envolvidas

Quanto ao esquema objeto da ação, Riva afirmou que outros deputados também assinavam que estavam recebendo materiais que nunca foram entregues.

'Mas não era 100%. Teve deputado que assinou e recebeu o material. A forma de manter o sigilo era dessa forma: receber os materiais pela secretaria geral. Todos sabiam, ninguém assinava nada enganado".

Riva disse que esquema semelhante envolveu vários deputados e mais de 40 empresas. A lista , segundo ele, foi entregue ao Ministério Público Federal (MPF).

"Quero deixar bem claro que é uma situação que me arrependo de verdade. Não queria ter feito, tomei a decisão errada, infelizmente. Quero prestar contas com a sociedade, não roubei R$ 500 milhões, mas participei desse esquema".

 

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