Paulistana torturada na ditadura acredita que pai foi agente da CIA

Em mensagem enviada à Comissão da Verdade, a brasileira Karen Keilt relata o brutal sofrimento de que foi vítima em uma invasão à sua casa no ano de 1976, na cidade de São Paulo; depois de ler os relatórios recém divulgados sobre os governos Geisel e Figueiredo, Karen acredita que seu pai, Frederic Birchal Raborg, trabalhou para a CIA

geisel figueiredo
geisel figueiredo (Foto: Gustavo Conde)


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247 – Em mensagem enviada à Comissão da Verdade, a brasileira Karen Keilt relata o brutal sofrimento de que foi vítima em uma invasão à sua casa no ano de 1976, na cidade de São Paulo. Karen foi espancada e sofreu violência sexual. Seu marido se matou em 2001, após intensificação psicológica do trauma. Depois de ler os relatórios recém divulgados sobre os governos Geisel e Figueiredo, Karen acredita que seu pai, Frederic Birchal Raborg, trabalhou para a CIA.

Leia trechos da entrevista que a escritora concedeu ao jornal Folha de S. Paulo:

“Não podia imaginar por que eles nos levaram. Nos primeiros três dias em que ficamos juntos, no Deic, discutimos muito as possíveis razões. Chegamos à conclusão de que foi tudo motivado por dinheiro. Durante quase quatro décadas acreditei que o que aqueles homens queriam era o pagamento de resgate.

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Em 2014, a partir de informações recebidas do National Personnel Records Center do National Archives descobri mais sobre a carreira militar dele, nas Forças Armadas como, por exemplo, a data de seu último pagamento, na Flórida: 21 de fevereiro de 1946. Descobri também que ele fez parte da Branch Office Military Intelligence Division e que, nessa condição, se encontrou com militares brasileiros, generais e tenentes-coronéis. Foram cinco anos de trabalho até localizar alguns documentos, como um memorando, de julho de 1965, em que o nome do meu pai aparece como um possível “man for Brazil” (homem para o Brasil).

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Depois que o documento da CIA com os diálogos de Geisel veio a público, em maio, encontrei na internet um arquivo que parece indicar que meu pai trabalhou até 1975 para a CIA. Já solicitei oficialmente à CIA esse arquivo.” 

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