MPF não pede preventiva e Juquinha deixa prisão

Procurador Hélio Telho diz que objetivo da Operação Trem Pagador foi atingido com identificação de bens adquiridos de forma ilícita e o sequestro para impedir que fossem transferidos; parlamentares da CPI querem convocar ex-presidente da Valec, que acumulou R$ 60 milhões

MPF não pede preventiva e Juquinha deixa prisão
MPF não pede preventiva e Juquinha deixa prisão (Foto: Edição/247)


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Goiás 247 (com informações do Diário da Manhã) - O ex-presidente da Valec, José Francisco das Neves, deixou ontem a carceragem da Polícia Federal, onde estava preso desde a última quinta-feira por decreto da Justiça Federal na Operação Trem Pagador. De acordo com o Ministério Público Federal Juquinha é acusado de desvios de recursos nas obras da Ferrovia Norte-Sul quando presidiu a estatal e de enriquecimento ilícito.

O coordenador Coordenador do Núcleo de Combate à Corrupção do Ministério Público Federal em Goiás, Hélio Telho, disse ao jornal Diário da Manhã que a Procuradoria da República não tenciona pedir prisão preventiva de Juquinha ou seus familiares. "Essa ação tem destino somente identificar bens adquiridos de forma ilícita, sequestra-los para impedir que sejam transferidos para terceiros, sufocar financeiramente a organização criminosa, periciar os bens e restituir os valores públicos desviados", finalizou.

A Operação Trem Pagador é um conjunto de investigações feitas pela Polícia Federal com a Procuradoria da República e se desenrola desde meados de 2011. Segundo Hélio Telho, a operação se destina a investigar possíveis crimes de "lavagem de dinheiro, superfaturamento em obras publicas, fraude a licitação e formação de quadrilha".

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Além de Juquinha foram presos também sua esposa, Marivone Ferreira das Neves e o filho Jader Ferreira das Neves. Segundo o MPF Juquinha é acusado de superfaturar o Trecho 4 da FNS em cerca de R$ 90 milhões e desse total aproximadamente R$ 60 teriam sido desviados.

Os procuradores buscaram nessa ação movida contra Juquinha, familiares e terceiros ressarcir os cofres públicos do que supostamente foi desviado. O delegado federal responsável pela operação, Eduardo Sherer, explicou que além dos bens imóveis bloqueados foram apreendidos veículos com ordem da Justiça para garantir a restituição dos valores considerados desviados das obras da Valec. "O que se pretende é garantir que os envolvidos nas práticas criminosas não usufruam do produto de crimes e que os cofres públicos sejam restituídos dos valores desviados", explicou.

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Juquinha das Neves foi presidente da Valec, estatal vinculada ao Ministério dos Transportes e encarregada das obras da Ferrovia. Sua gestão à frente da Valec foi de 2003 a 2010. Nesse período a linha férrea atravessou todo o Estado de Tocantins e avançou por Goiás até Anápolis, sem estar totalmente em operação.

O Trecho 4 foi conquistado na licitação e executado pela Constran S/A e já era objeto de ação de improbidade administrativa. Para os investigadores são claros os indícios de enriquecimento ilícito de Juquinha, que se valeu de sua esposa e filhos para lavar o dinheiro desviado e adquirir patrimônio "conseguido de maneira ilícita".

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"As investigações sobre o superfaturamento apontaram que Juquinha, sua esposa e filhos adquiriam vasto patrimônio imobiliário, tais como fazendas, lotes e casas em condomínios fechados, apartamentos e constituíram empresas para administrar esses bens imóveis", explicou o procurador Hélio Telho.

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