Elites tratam mensalão de forma antidemocrática

Quem argumenta é Luiz Carlos Bresser Pereira, intelectual que foi ministro de FHC, abandonou o PSDB e assinou o manifesto que defende os princípios da legalidade na Ação Penal 470



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247 – Em carta dirigida à Folha de S. Paulo, o intelectual Luiz Carlos Bresser Pereira explica por que assinou o manifesto que defende a legalidade no julgamento da Ação Penal 470. Diz ele que o julgamento do mensalão está sendo tratado pelas elites brasileiras de forma “incompatível com os princípios do Direito e da democracia”. Leia:

Mensalão
Esta Folha publicou em 25/9 notícia ("Artistas solidários a Dirceu criticam tom de julgamento", "Poder") que levou leitores e amigos meus a entender que eu teria assinado um manifesto de apoio a José Dirceu. De fato, eu assinei um manifesto que me foi enviado por amigos do político do PT, mas esse manifesto não menciona seu nome nem faz referência a ele; manifesta apenas preocupação com a forma como o julgamento do mensalão está sendo tratado pelas elites brasileiras -uma forma, a meu ver, incompatível com os princípios do Direito e da democracia.
No momento em que o esquema de corrupção foi denunciado, cabia perfeitamente a manifestação da opinião pública. Agora, no momento do julgamento, essa manifestação é espúria. Temos uma instituição e um corpo de juízes da mais alta qualidade que estão encarregados constitucionalmente de examinar as provas e decidir. Eles têm as informações necessárias e conhecem melhor do que nós os princípios do Direito. A melhor maneira de respeitá-los e de respeitar a democracia é deixar que decidam com liberdade, em vez de julgarmos por nossa própria conta.
Luiz carlos Bresser-Pereira, colunista da Folha (São Paulo, SP)

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