Carvalho: PF investiga na base do 'doa a quem doer'

Ministro da Secretaria-Geral da Presidência ressalta que órgãos de fiscalização só passaram a ter total autonomia depois do governo Lula e que Planalto apoia investigações, "inclusive quando cortam na nossa própria carne"; Operação Porto Seguro, da PF, derrubou servidores públicos e até a chefe de gabinete da Presidência em São Paulo, Rosemary Noronha

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247 – Os órgãos de investigação e fiscalização do governo nunca tiveram tanta liberdade de atuação como agora, declarou nesta segunda-feira o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Segundo ele, foi a partir do governo Lula, em 2003, que esses órgãos de controle receberam autorização do governo para agirem de forma autônoma.

Ministro mais próximo do ex-presidente Lula, Carvalho deu um recado na direção de seu amigo pessoal, cuja relação com a ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo, Rosemary Noronha, vai sendo esmiuçada pela mídia. Para o ministro, a Polícia Federal investiga na base do "doa a quem doer".

"Não é uma autonomia que nasceu do nada, porque antes não havia essa autonomia, nos governos Fernando Henrique não havia autonomia, agora há autonomia, inclusive quando cortam na nossa própria carne", afirmou o ministro. Ele também respondeu positivamente quando questionado se o Planalto apoia operações da PF, do Ministério Público e da Procuradoria-geral da República "doa a quem doer". "Sempre foi assim", disse.

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A Procuradoria, segundo ele, nunca teve tanta independência nesse País. O órgão, num trabalho em conjunto com a gestão anterior e a atual, do procurador Roberto Gurgel, é responsável pela denúncia que originou o julgamento da Ação Penal 470 no Supremo Tribunal Federal, que condenou réus pertencentes à cúpula do PT, como José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares.

"Antes havia o 'engavetador-geral' da República. Com o presidente Lula, nós começamos a ter um procurador com toda a liberdade. A Polícia Federal – que é hoje cantada em prosa e verso pela sua independência – só passou a ser independente sob o governo do presidente Lula e agora da presidenta Dilma, cortando na carne quando necessário. A Corregedoria-Geral da República nunca teve liberdade para agir como tem agora", acrescentou Carvalho.

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Para o ministro, é falsa a impressão de que há mais corrupção no governo atual. "O que há mais agora é que as coisas não estão mais embaixo do tapete", afirmou. A autonomia dos órgãos, segundo ele, é saudável. "É um resultado desse avanço da democracia". A operação Porto Seguro, da Polícia Federal, chegou até o gabinete da Presidência em São Paulo e desbaratinou um esquema de pareceres técnicos que acontecia dentro de órgãos públicos. Os servidores envolvidos foram exonerados rapidamente pelo governo.

Com Agência Brasil

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