MPF denuncia Rosemary, Cyonil e outros 22
O Ministerio Público Federal em São Paulo denunciou, nesta sexta-feira, 24 pessoas pela participação em um esquema de venda de pareceres técnicos em órgãos públicos, investigado pela Operação Porto Seguro. Delator do esquema, Cyonil Borges não ficou de fora
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247 - O Ministerio Público Federal em São Paulo denunciou nesta sexta-feira 24 pessoas pela participação em um esquema de venda de pareceres técnicos em órgãos públicos, investigado pela Operação Porto Seguro. Eles foram denunciados por formação de quadrilha, corrupção ativa, corrupção passiva, falsidade ideológica e falsificação de documentos particulares.
A denúncia inclui a ex-chefe do escritório da Presidência em São Paulo Rosemary Noronha, acusado pela Procuradoria de quatro crimes -- falsidade ideológica, tráfico de influência, corrupção passiva e formação de quadrilha. Outro denunciado é Cyonil Borges, o ex-auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) que recebeu propina de R$ 100 mil do grupo, mas acabou por delatar o caso à Polícia Federal.
Cyonil não constava entre os indiciados no relatório final da Polícia Federal, mas foi denunciado por corrupção passiva pelos procuradores. Quem assina a denúncia são procuradores da República Suzana Fairbanks, Roberto Dassiê Diana e Carlos Renato Silva e Souza.
O Ministério Público dividiu a denúncia em núcleos. O ex-diretor da Agência Nacional de Águas Paulo Vieira, seus irmãos Rubens Vieira, ex-diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e Marcelo Vieira, formam o núcleo principal do esquema, de acordo com os procuradores.
A Procuradoria diz que Paulo Vieira "tinha como principal atividade e meio de vida" o "trabalho de intermediação dos interesses particulares de grandes empresários". A denúncia distingue outros dois núcleos: um responsável por serviços advocatícios e outro responsável pelo tráfico de influência. Rosemary está no segundo grupo.
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