Rose pediu queda de chefe da CGU
Por influência de Paulo Vieira, ex-diretor da ANA, ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo alegou em e-mail destinado à Casa Civil de José Dirceu que João Delfino Rezende de Pádua contrariava o PT
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247 – Além de influenciar na contratação de familiares e protegidos em agências nacionais, a ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo Rosemary Noronha também usou o órgão para articular a queda do então chefe da CGU (Controladoria-Geral da União) no Estado, João Delfino Rezende de Pádua.
O pedido partiu de Paulo Vieira, o ex-diretor da ANA (Agência Nacional de Águas), apontado como chefe da quadrilha de venda de pareceres técnicos pela Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, com um relato do descontentamento de setores do PT com Pádua.
Rose encaminhou, em 28 de junho de 2004, a mensagem a uma assessora do então ministro da Casa Civil, José Dirceu, com quem trabalhou durante mais de uma década. A dupla sugeria Alexandre Forte Rodrigues como sucessor.
Entre os motivos alegados, Pádua afastou quatro pessoas ligadas ao partido dos cargos comissionados da CGU em São Paulo.
Além disso, teria afirmado publicamente que não apoiava as diretrizes de governo do partido.
Vieira também usou em anexo reportagens sobre auditorias da CGU que apontavam irregularidades na Codesp em 2003 para defender troca de comando.
A Codesp, que administra o porto de Santos, era de interesse do grupo desarticulado pela PF em novembro.
A conspiração deu errado e Pádua só deixou a chefia da CGU três anos depois, em maio de 2007.
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