A reforma dos banheiros de JB

Durante um bom tempo, Joaquim Barbosa desfrutou as regalias de um noticiário extraordinariamente positivo em que ele foi comparado a Batman e Super-homem. Agora ele começa a ver o outro lado da fama



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* Originalmente publicado no Diário do Centro do Mundo

Durante um bom tempo, Joaquim Barbosa desfrutou as regalias de um noticiário extraordinariamente positivo em que ele foi comparado a Batman e Super-homem.

Agora ele começa a ver o outro lado da fama.

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A notícia, publicada pela Folha, de que ele está gastando 90 000 reais do dinheiro público para reformar os banheiros do apartamento funcional em que passará a morar é uma mancha da qual JB dificilmente haverá de se livrar, por maior que seja o silêncio de grandes órgãos de mídia.

Pesquisei JB no Twitter, para escrever e este texto, e encontrei uma nota do colunista Ancelmo Goes, do Globo, em que JB era celebrado porque, supostamente, passaria a publicar os gastos em viagens internacionais de ministros do Supremo.

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Aparentemente, o Estadão tinha as informações, mas decidiu não as publicar. Elas seriam a razão de um repórter do jornal ter sido chamado de “palhaço” por JB.

Ruy Mesquita, o dono do jornal, é capaz de coisas que desafiam a capacidade de compreensão, sabe-se. Nos papéis do presidente Geisel que fazem parte do livro Dossiê Geisel, por exemplo, aparece uma carta de Ruy Mesquita ao então ministro da Justiça, Armando Falcão.

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Nesta carta, depois de louvar Castelo Branco, o primeiro presidente da ditadura militar, Mesquita senhorialmente disse que a censura o fazia sentir como se vivesse em “uma republiqueta de banana, uma Uganda qualquer”.

Não é o único momento do livro em que Ruy Mesquita brilha ao contrário. Os papeis de Geisel mostram também que, depois da morte de Herzog, em 1976, o jornal tinha nas mãos um artigo de Alberto Dines que elogiava a decisão de demitir o então chefe do exército em São Paulo, general Ednardo Melo.

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Rindo do quê?

Falcão recebeu do general linha dura Sílvio Frota, que soubera do artigo antes da publicação, uma carta: “Peço sua ação discreta mas enérgica para evitá-lo”.

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O artigo acabou saindo – mas, como agora, na Folha.

O que fazer com Joaquim Barbosa?

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Ele tem muitos anos de STF pela frente, depois da lamentável decisão de Lula de nomeá-lo por ser negro – e não por excelência jurídica.

Resta à sociedade fazer pressão por transparência no STF – até para que gastos como os dos 90 mil reais em banheiro possam ser evitados a tempo.

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