Eliane lembra da violência contra "PPPs" da Papuda

Colunista cita abusos contra pretos, pobres e prostitutas; mas será que não se esqueceu do novo "P", de petistas?; ao contrário, ela afirma que a chegada dos condenados da Ação Penal 470 pode mudar a realidade prisional do País

Colunista cita abusos contra pretos, pobres e prostitutas; mas será que não se esqueceu do novo "P", de petistas?; ao contrário, ela afirma que a chegada dos condenados da Ação Penal 470 pode mudar a realidade prisional do País
Colunista cita abusos contra pretos, pobres e prostitutas; mas será que não se esqueceu do novo "P", de petistas?; ao contrário, ela afirma que a chegada dos condenados da Ação Penal 470 pode mudar a realidade prisional do País (Foto: Leonardo Attuch)


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247 - Em sua coluna deste domingo, a jornalista Eliana Cantanhêde afirma que abusos do estado contra presos ocorrem regularmente contra "pretos, pobres e prostitutas". Na sua visão, com a chegada dos condenados da Ação Penal 470, a Papuda embranqueceu. Leia abaixo:

A Papuda embranqueceu

BRASÍLIA - Você sabia que 61,8% dos negros vítimas de violência não dão queixa na polícia? Pois é.

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Eles não confiam nos agentes do Estado pagos justamente para proteger a sociedade. E não confiam pelo longo histórico de injustiças e de seletividade. Numa batida policial, adivinha quem cai na rede? E quem mais sofre maus-tratos?

O percentual consta da Nota Técnica número 10 do Ipea, que dá muito o que pensar, sobretudo neste momento de apaixonado debate sobre a prisão dos mensaleiros --quer dizer, sobre a dos três mensaleiros petistas, porque ninguém dá bola para todos os demais.

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Segundo a pesquisa, intitulada "Vidas Perdidas e Racismo no Brasil", de Daniel Cerqueira e Rodrigo Leandro de Moura, o número de presidiários negros é muito superior ao de presidiários não negros: eram 253 mil contra 170 mil em 2010. Ou seja, 80 mil a mais!

Confinados a áreas mais pobres e mais violentas, os negros são as maiores vítimas e acabam sendo também os maiores réus, confirmando que as prisões brasileiras continuam sendo para os PPP --pobres, pretos e prostitutas.

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Como uma coisa puxa outra, poucos --governos, instituições, cidadãos-- de fato se preocupam e se ocupam com o que acontece, a sete chaves, entre as grades, nesses ambientes "medievais" e "desumanos", conforme adjetivação das próprias autoridades que deveriam zelar pela Justiça.

É por isso que, hoje, os holofotes estão na Papuda, a penitenciária da capital da República. Ali, os PPP passaram a conviver lado a lado com os colarinhos brancos.

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O condenado Cristiano Paz, que não é bobo nem nada, já mudou de ideia e, em vez de Minas, preferiu ficar preso na Papuda mesmo. Com a romaria de um ex-presidente da República, do governador do DF e de deputados do PT, alguma coisa deve mudar por lá. Tomara que não seja só para os novos habitantes...

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