"Não discuto política com meu filho", diz pai de juiz
Ao 247, ex-deputado distrital pelo PSDB Raimundo Ribeiro afirma que seu filho Bruno Ribeiro "nunca se envolveu" e "nunca foi chegado a política"; por decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, juiz será o executor das penas da Ação Penal 470; seu pai, que hoje é apresentador de um programa na televisão, lembra que foi procurador e que a política "é apenas uma passagem" em sua vida; membro da Executiva tucana no DF garante que, na relação familiar, "cada um tem a sua atuação"; polêmica sobre nomeação se ampliou com posts da mãe no Facebook, pró Barbosa; decisões sobre réus serão isentas?
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Gisele Federicce / 247 – Pai do juiz que comandará a execução das penas da Ação Penal 470, o ex-deputado distrital pelo PSDB Raimundo Ribeiro afirmou, em entrevista ao 247 na manhã desta segunda-feira 25, que não conversa sobre trabalho ou política com seu filho, Bruno Ribeiro. "Eu não discuto com ele, nem ele discute comigo. Cada um tem a sua atuação, não tem por que ficar discutindo", disse.
Hoje membro da Executiva do PSDB no Distrito Federal – e não integrante da direção do partido, como noticiou o 247 e ele fez questão de corrigir –, Raimundo Ribeiro também nega quando questionado se houve alguma influência política a seu filho na época em que era parlamentar. "Claro que não, afinal de contas ele é juiz de direito concursado, antes ele foi procurador da Fazenda Nacional".
O tucano lembra, na conversa por telefone, que hoje trabalha como apresentador do programa Tribuna Livre, transmitido pela TV Brasília, é também comentarista esportivo, professor universitário e que antes de tudo foi procurador. "A política é apenas uma passagem na minha vida", ressalta. Segundo ele, a área nunca chamou a atenção de Bruno Ribeiro. "Meu filho na verdade nunca se envolveu em política, nunca foi chegado a política", diz.
O juiz de 34 anos acaba de ser nomeado responsável pela execução penal dos condenados no chamado 'mensalão' por decisão direta do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, que se mostrou insatisfeito com a atuação do antecessor, Ademar Silva de Vasconcelos. A nomeação foi motivo de repercussão na imprensa especialmente pelo vínculo do novo magistrado com o PSDB – uma vez que seu pai foi deputado pelo partido.
Raimundo diz "lamentar" essas análises da mídia – inclusive do 247 – e afirma que o papel prestado por esses veículos tem como objetivo servir a seus próprios interesses. Outro jornalista que lembrou do vínculo de Bruno Ribeiro com os tucanos foi Fernando Rodrigues, do UOL. Mas apesar de negar sua influência política para com o filho, alguns fatos – como postagens nas redes sociais – mostram que a família é claramente posicionada pró Joaquim Barbosa e contra os réus da AP 470.
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