Com recordes de público e renda, Mané Garrincha se mostra sustentável
Em debate organizado pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), especialistas apontam futuro promissor com arena multiuso capaz de atrair grandes públicos, mesmo Brasília não tendo times de futebol nas primeiras divisões. Arena teve o segundo maior público acumulado entre os estádios da Copa, atrás apenas do Maracanã. Desde a inauguração, já foram 55 eventos com mais de 1,3 milhão de pessoas. Mané tem o recorde de público e renda do Brasileirão de 2013 e a maior arrecadação da Série B em 2014
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ComCopa - “O estádio de Brasília é exemplo de uma arena da Copa com condições de ser sustentável, mesmo sem a cidade ter times de futebol jogando nas primeiras divisões. E já mostrou que tem público consumidor para grandes eventos, seja um show ou partidas de futebol”. Foi a partir dessa análise do pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Pedro Trengrouse, sobre o futuro do Estádio Nacional de Brasília, que teve início o painel Brasília em Debate – legado da Copa. O evento foi organizado pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) na última quarta-feira (27).
O presidente da empresa, Julio Miragaya, explicou que pesquisas da companhia mostram que o Codeplan perfil socioeconômico do brasiliense dá respaldo à viabilidade do estádio. Ele ressaltou que a renda média do morador do Distrito Federal é a maior entre todas as 27 unidades da Federação - em 2011, o rendimento domiciliar chegava a R$ 4,6 mil.
“Há uma boa parcela da população que é consumidora de grandes eventos, principalmente de futebol. E o Estádio Mané Garrincha trouxe novas opções de entretenimento para esse público”, concluiu Miragaya. De acordo com ele, por isso, não falta demanda para grandes eventos na cidade. “E com a Copa, Brasília se consolidou como destino turístico e se coloca em evidência para o mundo inteiro”, destacou.
O economista Phd José Carlos Peliano, pesquisador da Universidade de Campinas, falou sobre o potencial do Mané Garrincha como arena multiuso e na boa utilização do estádio de Brasília antes, durante e depois da Copa do Mundo: “O estádio é de primeira qualidade, ele pode atrair muitas pessoas, muitos torcedores e tem tudo para se revelar como um local de multivariedades. Por exemplo, você pode fazer evento de basquetebol, de voleibol, de futebol de salão e shows porque a arena tem condições de se adaptar a isso”.
O Mané Garrincha recebeu 478.218 torcedores em sete jogos da Copa e teve o segundo maior público acumulado entre as arenas do Mundial, atrás apenas do Maracanã. Em pouco mais de um ano de inauguração, o estádio já recebeu 55 eventos com um público de mais de 1,3 milhão de pessoas. É do estádio de Brasília o recorde de público e renda do Brasileirão do ano passado. Esse ano, até agora, tem a maior arrecadação da Série B.
Para o secretário Extraordinário da Copa, Claudio Monteiro, esses resultados positivos só consolidam Brasília como a capital dos grandes eventos: “A cidade aproveitou a exposição mundial e estendeu o ciclo esportivo do país a 2019, tendo condições de receber a Universidade, terceiro maior evento esportivo do mundo, depois da Copa e Jogos Olímpicos." Em 2016, Brasília será sede do futebol das Olimpíadas e, em 2018, receberá o Fórum Mundial das Águas.
A promoção da imagem da cidade fomentando o turismo em todo o DF foi uma das principais conquistas. O secretário de Turismo, Luis Otávio Neves, lembrou que Brasília foi a cidade mais bem avaliada na Copa pelos turistas em pesquisa do Ministério do Turismo, sendo destaque nas áreas de segurança, limpeza, sinalização e gastronomia.
“Nos preparamos durante quase quatro anos para receber bem os 630 mil turistas, sendo 150 mil estrangeiros. A Copa foi um grande sucesso. Os nossos resultados são muito positivos e Brasília foi uma grande vencedora”, disse.
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