Lindberg: “Eduardo Cunha quer mandar no Senado”

Senador Lindberg Farias, do PT, lidera frente progressista no Senado em defesa do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), e contra o que chama de "maré conservadora que estão tentando nos impor", em alusão ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ); segundo ele, a frente começou a ser formada esta semana e tem como objetivo barrar a agenda conservadora que estaria sendo impulsionada por Cunha, com projetos como o da terceirização e o da redução da idade penal; a Câmara, disse o petista, sempre foi mais progressista que o Senado, mas neste momento, o Senado, sob a liderança de Renan, é que estaria assumindo posições mais avançadas, especialmente na agenda social

Senador Lindberg Farias, do PT, lidera frente progressista no Senado em defesa do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), e contra o que chama de "maré conservadora que estão tentando nos impor", em alusão ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ); segundo ele, a frente começou a ser formada esta semana e tem como objetivo barrar a agenda conservadora que estaria sendo impulsionada por Cunha, com projetos como o da terceirização e o da redução da idade penal; a Câmara, disse o petista, sempre foi mais progressista que o Senado, mas neste momento, o Senado, sob a liderança de Renan, é que estaria assumindo posições mais avançadas, especialmente na agenda social
Senador Lindberg Farias, do PT, lidera frente progressista no Senado em defesa do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), e contra o que chama de "maré conservadora que estão tentando nos impor", em alusão ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ); segundo ele, a frente começou a ser formada esta semana e tem como objetivo barrar a agenda conservadora que estaria sendo impulsionada por Cunha, com projetos como o da terceirização e o da redução da idade penal; a Câmara, disse o petista, sempre foi mais progressista que o Senado, mas neste momento, o Senado, sob a liderança de Renan, é que estaria assumindo posições mais avançadas, especialmente na agenda social (Foto: Gisele Federicce)


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Por Tereza Cruvinel – O conflito entre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o presidente do Senado, Renan Calheiros, ganhou novo impulso nesta sexta-feira 24 com a formação de uma frente progressista no Senado para barrar a agenda conservadora que está sendo implementada pela outra Casa. A iniciativa foi anunciada em discurso pelo senador Lindberg Farias, em que, aparteado por outros senadores, apoiou a posição de Renan em relação ao projeto da terceirização.

"É fundamental regulamentar os terceirizados. Nós temos no Brasil 12 milhões de terceirizados. Nós não podemos regulamentar sob hipótese nenhuma atividade-fim. Nós temos que regulamentar os terceirizados existentes mas isso não pode significar só a regulamentação da atividade-fim. Isso é uma inversão, uma involução, significa revogar a Constituição, direitos, garantias individuais e coletivas".

Destacando esta afirmação de Renan, Lindberg acusou Eduardo Cunha de querer mandar no Senado e ter sido desrespeitoso com Renan e com os senadores ao dizer que a última palavra sobre terceirização será da Câmara e que ele pode, em represália a uma eventual demora do Senado, paralisar a tramitação de matérias de interesse dos senadores, como a que o Senado votou recentemente convalidando isenções de ICMS para os estados.

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"Engaveta lá, engaveta aqui, disse o presidente da Câmara. Mas quero ver engavetar um projeto como este do ICMS, que é do interesse da maioria das bancadas, especialmente do Norte e Nordeste", provocou Lindberg.

"Quero parabenizar a posição do senador Renan Calheiros e dizer mais: acho que o presidente do Senado teve uma postura altiva de dizer que a matéria vai tramitar como tem que tramitar por esta Casa, passando pelas comissões", rebateu ainda o petista.

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"Quem o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, pensa que é? Ele manda na Câmara dos Deputados, ele não vai dizer como o processo tem que acontecer aqui no Senado. Quem decide isso é o presidente do Senado, são os senadores", disse. "A nossa maior preocupação é o avanço dessa pauta que vem da Câmara e do presidente Eduardo Cunha. O Brasil, com certeza, espera isto: que, daqui do Senado Federal, surja uma nova correlação de forças, para fazer frente a essa maré conservadora que estão tentando nos impor", acrescentou o senador.

A frente progressista, segundo Lindberg, começou a ser formada esta semana e tem como objetivo barrar a agenda conservadora que estaria sendo impulsionada por Cunha na Câmara com projetos como o da terceirização e o da redução da idade penal. A Câmara, disse ele, sempre foi mais progressista que o Senado, mas neste momento o Senado, sob a liderança de Renan, é que estaria assumindo posições mais avançadas, especialmente na agenda social.

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Outro que aparteou Lindberg foi Temário Mota (PDT-RR), dizendo, em apoio a Renan. "A Câmara tem 513 deputados mas agora tem um presidente que está quase dizendo "a Câmara sou eu". Se os deputados concordam com isso, problema deles, mas no Senado ele não vai mandar. Estamos com o presidente Renan, que vem adotando a posição correta referenciada no pensamento da maioria do Senado".

O embate entre os dois bicudos do PMDB, pelo visto, está apenas começando. O Governo Dilma observa preocupado, pois há o risco de ele contaminar o andamento da agenda legislativa. E nesta briga, Dilma não pode ter lado. Está aí mais uma abacaxi para o vice-presidente Michel Temer descascar em seu retorno da Península Ibérica. 

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