CPI quer saber quem ameaçou Catta Preta

Presidente da CPI da Petrobras, Hugo Motta (PMDB-PB), voltou a afirmar que está mantido a convocação da advogada Beatriz Catta Preta, que disse ao Jornal Nacional ter sido ameaçada por integrantes da comissão; Motta disse que a advogada fez uma tentativa de "vitimização"; "Esta vitimização não vai nos intimidar. Quem tem que prestar esclarecimentos sobre as ameaças que recebeu agora é ela e a CPI pode ser grande palco para ela dizer quem a esta ameaçando", completou; nessa quinta-feira, 30, o presidente do STF , ministro Ricardo Lewandowski, concedeu liminar em que a advogada é desobrigada a prestar esclarecimentos à CPI

Presidente da CPI da Petrobras, Hugo Motta (PMDB-PB), voltou a afirmar que está mantido a convocação da advogada Beatriz Catta Preta, que disse ao Jornal Nacional ter sido ameaçada por integrantes da comissão; Motta disse que a advogada fez uma tentativa de "vitimização"; "Esta vitimização não vai nos intimidar. Quem tem que prestar esclarecimentos sobre as ameaças que recebeu agora é ela e a CPI pode ser grande palco para ela dizer quem a esta ameaçando", completou; nessa quinta-feira, 30, o presidente do STF , ministro Ricardo Lewandowski, concedeu liminar em que a advogada é desobrigada a prestar esclarecimentos à CPI
Presidente da CPI da Petrobras, Hugo Motta (PMDB-PB), voltou a afirmar que está mantido a convocação da advogada Beatriz Catta Preta, que disse ao Jornal Nacional ter sido ameaçada por integrantes da comissão; Motta disse que a advogada fez uma tentativa de "vitimização"; "Esta vitimização não vai nos intimidar. Quem tem que prestar esclarecimentos sobre as ameaças que recebeu agora é ela e a CPI pode ser grande palco para ela dizer quem a esta ameaçando", completou; nessa quinta-feira, 30, o presidente do STF , ministro Ricardo Lewandowski, concedeu liminar em que a advogada é desobrigada a prestar esclarecimentos à CPI (Foto: Aquiles Lins)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Carolina Gonçalves, da Agência Brasil - O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, Hugo Motta (PMDB-PB), voltou a afirmar hoje (31) que está mantido o depoimento da advogada Beatriz Catta Preta, que defendeu nove investigados pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal. A declaração de Motta ocorre após a entrevista da advogada ao Jornal Nacional, da Rede Globo, em que disse ter sido ameaçada por integrantes da comissão.

"O requerimento de convocação é um requerimento que está previsto em lei, previsto pelo Regimento Interno da Casa e não configura qualquer ameaça. A CPI não ameaça. Investiga", afirmou. Motta disse que estranhou as declarações da advogada sobre ameaças e avaliou a entrevista como uma tentantiva de "vitimização para esconder atos ilícitos". "A CPI não vai admitir essas ilações", acrescentou.

"A CPI vai continuar seu trabalho, vai continuar as investigações. Esta vitimização não vai nos intimidar. Quem tem que prestar esclarecimentos sobre as ameaças que recebeu agora é ela e a CPI pode ser grande palco para ela dizer quem a esta ameaçando", completou.

continua após o anúncio

Em entrevista ao Jornal Nacional ontem (30), a criminalista, que defendeu nove investigados pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, explicou que deixou os casos por se sentir ameaçada e intimidada por integrantes da comissão. Beatriz Catta Preta ainda disse que fechou o escritório e abandonou a carreira depois de receber ameaças "veladas" feitas por membros da CPI, que votaram a favor da convocação, no último dia 9, para ela depor no colegiado.

A convocação foi aprovada por unanimidade e provocou reações de entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que considerou a convocação ilegal por quebrar o direito de inviolabilidade do sigilo profissional. A OAB chegou a apresentar pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para preservar a criminalista. Ontem (30), o presidente do STF , ministro Ricardo Lewandowski, concedeu liminar em que a advogada é desobrigada a prestar esclarecimentos à CPI. Ela poderá ficar em silêncio durante o depoimento, que ainda não foi marcado.

continua após o anúncio

"Se ela recebeu honorários licitos, declarou à Receita, qual o receio de vir à CPI. Voce já viu algum advogado no país abandonar casos por ser questionado sobre a origem dos honorários? Isso só corrobora [com a dúvida da CPI]. Tem alguma coisa errada nisto", acrescentou Motta, ao garantir que ela não está sendo investigada a mando de qualquer membro da comissão.

"O ministro não tirou o dever de vir, apenas de não falar sobre honorários", disse o presidente da CPI, que ainda não tem data para o depoimento. Motta disse ainda que outros advogados também podem ser questionados pela comissão sobre o mesmo assunto se integrantes da CPI apresentarem requerimentos para isto.

continua após o anúncio

Esta semana , antes das declarações da advogada, Hugo Motta avisou que manteria a convocação e disse que, apesar de respeitar a manifestação de opiniões contrárias, os deputados iriam questionar Beatriz Catta Preta sobre a origem do dinheiro usado pelos acusados para pagar seus honorários.

A advogada afirmou que não recebeu nem metade dos R$ 20 milhões em honorários, estimados pelos parlamentares .

continua após o anúncio

Entre os clientes de Beatriz Catta Preta, estavam o ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco, o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa e os executivos da Toyo Setal, Augusto Mendonça e Júlio Camargo.

Na entrevista, a advogada disse que a "intimidação" a ela e a sua família começaram depois que o empresário da Toyo Setal, Júlio Camargo, denunciou, em delação premiada, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de receber US$ 5 milhões em propina para viabilizar contratos com a Petrobras. Segundo ela, Camargo não tinha citado Cunha nos primeiros depoimentos por medo e que agora, ele apresentou provas, como documentos, à Justiça.

continua após o anúncio

Cunha, que nega o envolvimento no esquema, atribui a mudança do depoimento do executivo às pressões feitas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que, para o parlamentar, atua "a mando do Planalto". O fato foi o estopim para que o peemedebista anunciasse o rompimento pessoal com o governo, apesar de integrar o partido aliado ao Executivo e legenda do vice-presidente da República, Michel Temer. Desde então, Cunha evita comentar assuntos relacionados às investigações por orientação de seu advogado, Antonio Fernando de Souza.

continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247