'Cunha não é investigado pela Justiça Federal'

Juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas ações penais da Operação Lava Jato, informou ao Supremo que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não é investigado pela Justiça Federal em Curitiba; Moro enviou as informações ao STF após solicitação do ministro Ricardo Lewandowski, presidente da Corte; advogados de Cunha, citado pelo delator Julio Camargo, pediram a suspensão do processo por entenderem que cabe ao STF presidir o inquérito, já que o peemedebista tem prerrogativa de foro

Juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas ações penais da Operação Lava Jato, informou ao Supremo que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não é investigado pela Justiça Federal em Curitiba; Moro enviou as informações ao STF após solicitação do ministro Ricardo Lewandowski, presidente da Corte; advogados de Cunha, citado pelo delator Julio Camargo, pediram a suspensão do processo por entenderem que cabe ao STF presidir o inquérito, já que o peemedebista tem prerrogativa de foro
Juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas ações penais da Operação Lava Jato, informou ao Supremo que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não é investigado pela Justiça Federal em Curitiba; Moro enviou as informações ao STF após solicitação do ministro Ricardo Lewandowski, presidente da Corte; advogados de Cunha, citado pelo delator Julio Camargo, pediram a suspensão do processo por entenderem que cabe ao STF presidir o inquérito, já que o peemedebista tem prerrogativa de foro (Foto: Leonardo Lucena)


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André Richter - Repórter da Agência Brasil

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas ações penais da Operação Lava Jato, informou nesta segunda-feira (3) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não é investigado pela Justiça Federal em Curitiba.

Moro enviou as informações ao STF após solicitação do ministro Ricardo Lewandowski, presidente da Corte. O pedido foi motivado por uma ação da defesa de Cunha, que pretende suspender a ação penal em que ele foi citado por Júlio Camargo, um dos delatores do esquema de corrupção.

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Os advogados pediram a suspensão do processo por entenderem que cabe ao Supremo presidir o inquérito, em razão da citação do presidente da Câmara, que tem prerrogativa de foro.

O juiz esclareceu que, apesar de Cunha ter sido citado no depoimento do delator, ele não é investigado na Justiça Federal. De acordo com Sérgio Moro, a Justiça não pode silenciar ou orientar o que testemunhas devem falar ao juízo.

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"O foro por prerrogativa de função apenas outorga ao seu detentor o direito de ser processado perante a Corte própria, privilégio este garantido ao reclamante no presente caso, já que o deputado federal Eduardo Cunha está sendo investigado pelos supostos crimes cometidos perante o Supremo Tribunal Federal no aludido Inquérito 3983", explicou Moro.

Segundo o juiz, os detalhes sobre o suposto envolvimento de Cunha já foram relatados à Procuradoria-Geral da República (PGR), órgão que atua no Supremo.

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“Agregue-se que este Juízo evitou colher, no depoimento judicial, maiores detalhes sobre o suposto envolvimento do deputado federal Eduardo Cunha, exatamente porque o depoente Júlio Camargo declarou que já havia prestado tais informações ao Supremo Tribunal Federal e porque quis evitar possível prejuízo às investigações em andamento”, acrescentou Moro.

Na semana passada, Camargo, ex-consultor da empresa Toyo Setal, afirmou ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, que Eduardo Cunha pediu US$ 5 milhões de propina para que um contrato de navios-sonda da Petrobras fosse viabilizado. Durante o depoimento, Camargo comprometeu-se a falar a verdade por ter assinado acordo de delação premiada.

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Após a divulgação do depoimento, Cunha voltou a negar que tenha recebido propina de Júlio Camargo. “Qualquer coisa que seja a versão é mentira. É mais um fato falso, até porque esse delator [Camargo], se ele está mentindo, desmentindo o que delatou, por si só ele já perde o direito à delação”, esclareceu à época o presidente da Câmara.

 

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