CPI da Petrobras aprova convocação de José Dirceu

Foi aprovada na sessão desta quinta-feira 27 a convocação de sete pessoas, entre as quais o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu; o presidente da construtora Odebrecht, Marcelo Odebrecht; e o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Jorge Zelada; os requerimentos foram votados para que a comissão possa ouvir presos que ainda não tinham convocação na próxima segunda-feira 31, em Curitiba, onde estão presos no âmbito da Operação Lava Jato; três executivos da empresa Arxo Industrial ficaram calados na sessão de hoje na CPI; já a empresária Cristina Palmaka, presidente da SAP Brasil, negou em depoimento pagamento de propinas à Petrobras

Foi aprovada na sessão desta quinta-feira 27 a convocação de sete pessoas, entre as quais o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu; o presidente da construtora Odebrecht, Marcelo Odebrecht; e o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Jorge Zelada; os requerimentos foram votados para que a comissão possa ouvir presos que ainda não tinham convocação na próxima segunda-feira 31, em Curitiba, onde estão presos no âmbito da Operação Lava Jato; três executivos da empresa Arxo Industrial ficaram calados na sessão de hoje na CPI; já a empresária Cristina Palmaka, presidente da SAP Brasil, negou em depoimento pagamento de propinas à Petrobras
Foi aprovada na sessão desta quinta-feira 27 a convocação de sete pessoas, entre as quais o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu; o presidente da construtora Odebrecht, Marcelo Odebrecht; e o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Jorge Zelada; os requerimentos foram votados para que a comissão possa ouvir presos que ainda não tinham convocação na próxima segunda-feira 31, em Curitiba, onde estão presos no âmbito da Operação Lava Jato; três executivos da empresa Arxo Industrial ficaram calados na sessão de hoje na CPI; já a empresária Cristina Palmaka, presidente da SAP Brasil, negou em depoimento pagamento de propinas à Petrobras (Foto: Gisele Federicce)


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Agência Câmara - Diante da negativa dos depoentes em falar, a CPI da Petrobras interrompeu a audiência pública e decidiu votar requerimentos nesta quinta-feira 27. Foi aprovada a convocação de sete pessoas, entre as quais o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu; o presidente da construtora Odebrecht, Marcelo Odebrecht; e o ex-diretor da área Internacional da Petrobras, Jorge Zelada.

Os requerimentos foram votados para que a comissão possa ouvir presos que ainda não tinham convocação aprovada em sessão marcada para a semana que vem, em Curitiba (PR).

São estes os novos convocados pela CPI:

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JOSÉ DIRCEU

O ex-ministro da Casa Civil foi acusado pelo empresário Milton Pascowitch de receber propina de empresas contratadas pela Petrobras. Segundo a acusação, o dinheiro era proveniente de contratos firmados pelas empresas Hope e Apolo com a Petrobras.

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A propina seria intermediada inicialmente por Júlio Camargo, que representava várias empresas junto à Petrobras, e depois por Pascowitch, que acusou Dirceu de receber 1,5% do valor dos contratos da Hope com a Petrobras.

Pascowitch disse ainda que outra empresa, a Personal, que fornece mão-de-obra terceirizada para limpeza da Petrobras, pagava mensalmente entre R$ 500 mil e R$ 800 mil ao grupo de Dirceu. O delator também afirmou que uma obra da Petrobras teve sobrevalor só para que houvesse recursos suficientes para repassar a Dirceu.

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JORGE ZELADA

Zelada foi o sucessor de Nestor Cerveró, também preso pela Operação Lava Jato, na Petrobras. Ele comandou a diretoria Internacional entre 2008 e 2012 e entrou na lista dos investigados pela Operação Lava Jato após ser citado em depoimentos de delações premiadas firmadas por outros suspeitos.

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Em depoimento à Justiça Federal, Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, que cumpre prisão domiciliar no Rio de Janeiro, disse que Zelada era um dos beneficiários do esquema de corrupção.

O ex-gerente de Serviço da Petrobras Pedro Barusco afirmou que Zelada foi beneficiado à época em que era gerente geral de obras da Diretoria de Engenharia e Serviços. Todavia, Barusco não soube informar se Zelada continuou a receber vantagens indevidas no cargo de diretor da área Internacional.

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CELSO ARARIPE DE OLIVEIRA

Ex-gerente de empreendimentos da Petrobras, foi acusado pelo Ministério Público de receber propina da empreiteira Odebrecht em troca da construção da sede da estatal em Vitória (ES). De acordo com a denúncia, o consórcio responsável pela obra, liderado pelo grupo Odebrecht, simulou contratação de empresa de consultoria para enviar ao engenheiro e a familiares dele R$ 1,4 milhão em propina. Parte do montante teria sida depositado em contas de parentes do engenheiro.

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FERNANDO GUIMARÃES HOURNEAUX DE MOURA

Apontado pela Polícia Federal como representante do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, na Petrobras. Segundo o Ministério Público, foi ele quem indicou Renato Duque para a diretoria de Serviços da estatal.
Foi acusado por Milton Pascowitch de ter usado três filhos, um irmão e um sobrinho para receber R$ 5,3 milhões em propina de contrato de obras da Unidade de Tratamento de Gás Natural de Cacimbas, em Linhares (ES).

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CÉSAR RAMOS ROCHA e MÁRCIO FARIA

Ambos são executivos da Odebrecht. A Polícia Federal prendeu oito executivos da construtora, inclusive o presidente da empresa, Marcelo Odebrecht. A empreiteira é suspeita de pagar propinas de mais de R$ 500 milhões a diretores da Petrobras e agentes políticos em troca de contratos com a estatal.

ELTON NEGRÃO DE AZEVEDO

Executivo da empreiteira Andrade Gutierrez, preso na 14ª fase da Operação Lava Jato.

Executivos da Arxo Industrial permanecem calados na CPI

O primeiro executivo da empresa Arxo Industrial convocado para prestar depoimento à CPI da Petrobras, Gilson Pereira, disse aos deputados que optaria por seu direito constitucional de permanecer calado.

Ele e outros dois diretores da empresa, João Gualberto Pereira e Sérgio Maçaneiro, obtiveram no Supremo Tribunal Federal habeas corpus que dá a eles o direito de permanecerem calados na audiência.

"Diante disso, peço a dispensa do depoente", disse o deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), relator da CPI. "Isso é frustrante para a CPI e o senhor está perdendo a oportunidade de se defender", disse o deputado Altineu Cortes (PR-RJ), um dos sub-relatores da comissão.

Os três executivos foram presos pela Polícia Federal na nona fase da Operação Lava Jato, acusados de pagar propina a funcionários da BR Distribuidora em troca de informações privilegiadas.

A Arxo fabrica tanques de combustíveis e tinha um contrato de R$ 85 milhões com a BR Distribuidora. Os deputados começaram a fazer perguntas a Pereira, mas ele repetiu que não iria responder.

O segundo executivo da empresa Arxo Industrial convocado para prestar depoimento à CPI da Petrobras, João Gualberto Pereira, também decidiu optar por seu direito constitucional de permanecer calado e, por isso, foi dispensado de depor.

Depois de votar os requerimentos de convocação de sete depoentes, a CPI tentou ouvir Sérgio Maçaneiro, um dos três executivos da empresa Arxo Industrial. A exemplo dos outros dois, ele disse que não iria responder as perguntas dos deputados.

Presidente da SAP Brasil nega pagamento de propina à Petrobras

A empresária Cristina Palmaka, presidente da SAP Brasil, fornecedora de softwares de gestão para a Petrobras, disse em depoimento à CPI da Petrobras que a empresa nunca pagou propina a funcionários da estatal em troca de contratos.

Ao responder pergunta do relator da CPI, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), ela disse que as normas internas da SAP proíbem a prática."A SAP não pagou nada. As políticas proíbem o pagamento de comissão. Não existe nenhum processo judicial que envolva a empresa", disse.

O relator da comissão questionou a empresária a respeito da suspeita, levantada pelo também empresário Eike Batista, de superfaturamento nos contratos da Petrobras com a SAP. Batista disse isso em uma palestra realizada na Universidade de São Paulo (USP), em 2010.

"Isso foi dito em uma palestra e nunca virou uma denúncia contra a empresa", disse a empresária.

Palmaka foi convocada a pedido do deputado João Carlos Bacelar (PR-BA), que quer esclarecimentos a respeito dos contratos entre a SAP e a Petrobras para a aquisição de softwares. Segundo ele, os valores ultrapassavam a "média histórica" desse tipo de compra pela Petrobras.

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