Nardes atuou em consultoria mesmo após entrar no TCU

Investigação da Polícia Federal sugere que o ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União, agiu em favor de uma consultoria acusada de negociar descontos fiscais para clientes como o grupo RBS, afiliada da Globo, quando já estava na corte; Nardes e um sobrinho são suspeitos de terem recebido R$ 2,6 milhões; o novo indício é um email que conecta o ministro à consultoria, mas Nardes, que foi relator do caso da pedaladas fiscais, diz não se lembrar de nada

Brasília- DF- Brasil- 19/11/2014- O ministro Augusto Nardes, do TCU, vai dar uma palestra sobre desafios de governança - contas públicas, no auditório do STJ. (Valter Campanato/Agência Brasil)
Brasília- DF- Brasil- 19/11/2014- O ministro Augusto Nardes, do TCU, vai dar uma palestra sobre desafios de governança - contas públicas, no auditório do STJ. (Valter Campanato/Agência Brasil) (Foto: Leonardo Attuch)


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247 – Reportagem dos jornalistas Marina Dias e Rubens Valente (leia aqui) indica que o ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União, atuou na consultoria Planalto, investigada no escândalo das fraudes do Carf, quando já era ministro da corte – o que contraria todas as suas versões anteriores. 

Segundo investigação da Polícia Federal, a Planalto atuou em conjunto com outra consultoria, a SGR, de José Ricardo Silva (preso na Operação Zelotes), que teria negociado descontos fiscais para clientes como o grupo RBS, afiliada da Globo.

Nardes e um sobrinho, que é sócio da Planalto, são suspeitos de terem recebido R$ 2,6 milhões. O novo indício apontado pela Polícia Federal é um email que conecta o ministro à consultoria, mas Nardes, que foi relator do caso da pedaladas fiscais, diz não se lembrar de nada.

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No email, Nardes recebeu um pedido para ajudar uma empresa gaúcha a renovar o contrato de uma empresa gaúcha vencedora de licitação no valor de R$ 25 milhões no Ministério da Saúde. "Não me recordo porque não recebo todos os e-mails. Eu não devo nem ter respondido a ele. Pode ser que ele tenha mandado para mim", disse o ministro, ao ser questionado sobre o caso.

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