Marco Aurélio: STF é última trincheira da cidadania

Para o ministro Marco Aurélio Mello, as ameaças a Teori Zavascki, relator da Lava Jato, são "um arroubo de retórica, um exagero"; "Não há campo para isso no Brasil. Nós, ministros, ocupamos uma cadeira vitalícia no Supremo para atuarmos com absoluta independência”, afirmou; segundo ele, a gravidade da crise, os contornos dramáticos da disputa política e a pressão por justiçamento a qualquer custo não vão intimidar o STF; “Em épocas de crise, precisamos guardar princípios e valores. O ministro Teori faz isso muito bem”

Para o ministro Marco Aurélio Mello, as ameaças a Teori Zavascki, relator da Lava Jato, são "um arroubo de retórica, um exagero"; "Não há campo para isso no Brasil. Nós, ministros, ocupamos uma cadeira vitalícia no Supremo para atuarmos com absoluta independência”, afirmou; segundo ele, a gravidade da crise, os contornos dramáticos da disputa política e a pressão por justiçamento a qualquer custo não vão intimidar o STF; “Em épocas de crise, precisamos guardar princípios e valores. O ministro Teori faz isso muito bem”
Para o ministro Marco Aurélio Mello, as ameaças a Teori Zavascki, relator da Lava Jato, são "um arroubo de retórica, um exagero"; "Não há campo para isso no Brasil. Nós, ministros, ocupamos uma cadeira vitalícia no Supremo para atuarmos com absoluta independência”, afirmou; segundo ele, a gravidade da crise, os contornos dramáticos da disputa política e a pressão por justiçamento a qualquer custo não vão intimidar o STF; “Em épocas de crise, precisamos guardar princípios e valores. O ministro Teori faz isso muito bem” (Foto: Roberta Namour)


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por Eduardo Maretti, da Rede Brasil Atual

São Paulo – As ameaças ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, por ter decidido enviar à mais alta corte do país o processo de investigações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no âmbito da Operação Lava Jato, não devem ser consideradas capazes de ameaçar as instituições, muito menos o STF. A opinião é do ministro do tribunal Marco Aurélio Mello.

Segundo o ministro, a gravidade da crise, os contornos dramáticos da disputa política e a pressão por justiçamento a qualquer custo não vão intimidar o STF. Ele afirma que as pessoas que acreditam na manutenção dos princípios constitucionais não devem perder a confiança nas instituições, sobretudo no Supremo.

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“Precisamos continuar confiando, porque o Supremo é a última trincheira da cidadania. Depois que se ultrapassa o tribunal, não se tem a quem recorrer. Os brasileiros devem confiar no Supremo como instituição”, disse à RBA. “Em épocas de crise, precisamos guardar princípios e valores. O ministro Teori faz isso muito bem.”

“Isso (as ameaças a Zavascki) é um arroubo de retórica, um exagero. Não há campo para isso no Brasil. Nós, ministros, ocupamos uma cadeira vitalícia no Supremo para atuarmos com absoluta independência”, afirmou.

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Marco Aurélio está em viagem fora do Brasil. Devido ao feriado da Semana Santa, o Supremo não terá sessões nas duas turmas e no Plenário nesta semana. A reunião do Plenário para julgar o caso do habeas corpus de Lula só deve acontecer na semana que vem.

O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato na Suprema Corte, sofreu ameaças tanto veladas como diretas pela decisão. "Será difícil conter o ânimo da população contra Teori. A revolta começou agora e vai piorar", disse, por exemplo, o editor-chefe da revista Época, da editora Globo, Diego Escosteguy. O cantor Lobão postou no Twitter o endereço do filho do ministro do STF no Rio Grande do Sul. O “artista” convocou seus seguidores para protestarem em frente ao endereço.

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Além de mandar encaminhar os autos do processo de Lula ao STF, Teori determinou ainda a suspensão dos efeitos da decisão da 13ª Vara Federal (de Curitiba) que autorizou a divulgação das conversações telefônicas interceptadas entre Dilma e Lula.

Em entrevista ao Sul21 publicada no domingo (20), Marco Aurélio reconheceu que o atual momento do país é grave, mas disse não acreditar em ruptura. “A situação chegou a um patamar inimaginável. Eu penso que nós precisamos deixar as instituições funcionarem segundo o figurino legal, porque fora da lei não há salvação. Aí vigora o critério de plantão e teremos só insegurança jurídica. As instituições vêm funcionando, com alguns pecadilhos, mas vêm funcionando. Não vejo uma ameaça de ruptura.”

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À Rádio Brasil Atual ontem (23), o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) afirmou que as manifestações contra o ministro Teori expõem "a verdadeira face desses grupos". "Eles são extremistas, autoritários, reacionários, que desprezam o Estado democrático e a Constituição", disse. "Já vimos ministros hostilizados em locais públicos, mas agora há um caso de incitação à violência contra um integrante da Suprema Corte, então, o fascismo chegou à escala máxima."

Perguntado se o país está próximo de uma realidade fascista que possa predominar, o sociólogo Laymert Garcia dos Santos respondeu, em entrevista à RBA publicada no último sábado (19): “Não é que isso já está no ar, já está acontecendo. Minha referência é o que aconteceu nos anos 1930, com a progressão dos enunciados até se chegar à enunciação não só da solução final, mas da guerra total. Não acho que o fascismo vai vir, ele já está aqui”.

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