Caos de Parente se amplia no sábado: Brasília tem 40 voos cancelados

O estrago produzido por Pedro Parente, peça central do golpe, com sua política irresponsável na Petrobras se aprofunda; neste sábado, 40 voos foram cancelados em Brasília e 11 aeroportos estão sem combustíveis; Michel Temer ainda não o demitiu porque, segundo o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, seus patrões – os Estados Unidos – não permitem

parente aeroporto de brasilia
parente aeroporto de brasilia (Foto: Leonardo Attuch)


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Brasília 247 – O estrago produzido por Pedro Parente, peça central do golpe, com sua política irresponsável na Petrobras se aprofunda. Neste sábado, 40 voos foram cancelados em Brasília e 11 aeroportos estão sem combustíveis. Michel Temer ainda não o demitiu porque, segundo o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, seus patrões – os Estados Unidos – não permitem. Confira reportagem da Reuters sobre o desabastecimento e entrevista do embaixador Samuel Pinheiro Guimarães à TV 247:

BRASÍLIA (Reuters) - O protesto de caminhoneiros contra a alta do diesel que provocou desabastecimento pelo país e afetou a produção em diversos setores se manteve nesta sexta-feira, apesar de acordo anunciado pelo governo, e o presidente Michel Temer determinou o uso de forças federais para desobstruir rodovias, afirmando que os manifestantes “não têm o direito” de parar o país.

A decisão de recorrer às forças federais foi tomada no quinto dia de um paralisação nacional que o governo acreditava ter resolvido na véspera ao anunciar um acordo com os caminhoneiros, mas que se manteve diante da rejeição de alguns manifestantes ao que foi proposto.

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“Quem bloqueia estradas, quem age de maneira radical, está prejudicando a população e, saliento, será responsabilizado. Vamos garantir a livre circulação, vamos garantir o abastecimento”, disse Temer em pronunciamento no Palácio do Planalto, ao anunciar que acionou um plano de segurança que inclui o uso de tropas federais.

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Após o anúncio de Temer, a Advocacia-Geral da União (AGU) ingressou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para o desbloqueio imediato de estradas, pedindo autorização para o uso da Polícia Rodoviária Federal, da Força Nacional e das polícias militares para liberar a passagem nas rodovias e acostamentos, além da aplicação de multas. À noite, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, atendeu aos pedidos do governo.

Temer também assinou um decreto para instituir ações de Garantia da Lei da Ordem (GLO), que permite o uso das Forças Armadas, em todo território nacional para garantir o abastecimento.

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De acordo com o governo, os protestos diminuíram em decorrência do acordo com representantes da categoria que prevê o congelamento do preço do diesel nos níveis anunciados pela Petrobras (PETR4.SA) nesta semana por 30 dias, entre outros pontos.

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que a Polícia Rodoviária Federal contabilizava no início da noite um total de 519 bloqueios em rodovias, nenhum deles total, ante um pico durante a semana de 938 obstruções de rodovias.

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O governo confia em atingir rapidamente a normalização do abastecimento, mas tem opções para endurecer com os manifestantes, como decretar uma requisição de bens que autorizaria o uso da força para assumir o comando de veículos privados para conter o desabastecimento, disseram ministros.

Segundo as autoridades, a Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro, onde dezenas de manifestantes impediam a entrada e saída de caminhões-tanques, está com a situação normalizada quase na integralidade. Ao longo do dia, veículos das Forças Armadas escoltaram ao menos um caminhão-tanque que saiu do local.

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Depois que o governo federal anunciou o uso de tropas federais para desobstruir estradas, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), uma das principais associações responsáveis pelo movimento, pediu que os manifestantes retirem interdições nas rodovias, mas mantenham manifestações pacífica.

A entidade, no entanto, reiterou que continua sem assinar qualquer acordo com governo, e que mantém sua demanda pela retirada de PIS/Cofins sobre o diesel para encerrar o movimento de paralisação iniciado na segunda-feira.

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De acordo com informações das maiores concessionárias de estradas do país, bloqueios parciais do tráfego prosseguiam em diversas rodovias como a Presidente Dutra, que liga São Paulo e Rio de Janeiro.

IMPACTOS DO DESABASTECIMENTO

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Devido aos problemas de abastecimento gerados pela greve, a Prefeitura de São Paulo decidiu decretar estado de emergência na cidade, enquanto no Rio de Janeiro foi decretado estado de atenção em decorrência dos bloqueios. A escassez fez com que o tráfego em grandes cidades fosse reduzido significativamente no horário de pico.

Em alguns mercados faltam produtos alimentícios como frutas, hortaliças e legumes, e o sindicato dos bares e restaurantes alertou para falta de produtos nos cardápios. Alguns estabelecimentos disseram que podem fechar as portas no fim de semana.

Segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT), 61 por cento do transporte de carga do país é feito por rodovia, e a frota brasileira é de 1,77 milhão de caminhões.

A falta de combustíveis ocasionada pela greve também deixou no escuro seis localidades de Rondônia que dependem de geração termelétrica, segundo a Eletrobras (ELET6.SA).

Os protestos também voltaram a afetar diversos portos do país, incluindo o de Santos (SP), o maior e mais importante do Brasil. De acordo com a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), o fluxo de caminhões no local praticamente não está mais ocorrendo e verifica-se redução nas operações de recepção e entrega de mercadorias pelos terminais, embora as operações de carga e descarga de navios continuem a ser realizadas.

No porto de Paranaguá (PR), os protestos reduziram em 27 por cento o movimento normal de cargas para esta época do ano. O terminal registrou uma queda nas exportações de granéis, ao passo que a importação de fertilizantes foi interrompida em berços de atracação em que o transporte da carga é feito por caminhões.

Além dos portos, a falta de combustíveis resultante da paralisação está afetando aeroportos. Empresas aéreas cancelaram voos e adotaram medidas como liberar a remarcação de passagens sem custos para os clientes.

O aeroporto de Brasília ficou sem as reservas de querosene de aviação nesta manhã, de forma que as aeronaves que pousarem no terminal e que necessitarem de abastecimento ficarão em solo até que o fornecimento no aeroporto seja normalizado.

As montadoras de veículos foram forçadas a interromper a produção a partir desta sexta por causa do impacto da greve dos caminhoneiros, segundo a associação que representa o setor, Anfavea, o que pode pesar sobre um dos poucos setores a apresentar recuperação vigorosa neste ano em meio a um desempenho fraco da economia.

Empresas varejistas sentirão o impacto da greve de caminhoneiros por cerca de dois meses, com muitas reclamações de consumidores por atrasos em entregas, segundo diretor-executivo do Reclame Aqui, Edu Neves, e outras grandes empresas, como Votorantim Cimentos, a maior fábrica de cimentos do país, disseram estar com dificuldades e que podem parar atividades durante o fim de semana.

Os protestos têm levantado ainda temores quanto ao risco sanitário no país, à medida que o fornecimento de rações e o transporte de animais e cargas refrigeradas estão comprometidos pelas manifestações.

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