Ciro pode entrar no PDT mirando o Planalto em 2018

Deputados pedetistas dão como certo que os irmãos Ciro e Cid Gomes, ex-ministros e ex-governadores do Ceará, estão de malas prontas para deixar o Pros e entrar no PDT; o que é apontado como principal fator da nova filiação é a possibilidade de ser costurada a candidatura de Ciro à presidência da República em 2018 pelo PDT – com o aval do presidente da legenda, Carlos Lupi

Ciro pode entrar no PDT mirando o Planalto em 2018
Ciro pode entrar no PDT mirando o Planalto em 2018 (Foto: Divulgação)


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Por Hylda Cavalcanti, da Rede Brasil Atual

Brasília – Deputados pedetistas dão como certo que os irmãos Ciro e Cid Gomes, ex-ministros e ex-governadores do Ceará, estão de malas prontas para deixar o Pros e entrar no PDT. Ambos desembarcaram em Brasília na última terça-feira (30) para uma conversa com caciques da legenda e podem formalizar a troca do partido nos próximos dias. Segundo parlamentares ligados aos Gomes, a mudança se dá em razão de desconforto observado entre eles e seu grupo político com o Pros, desde o ano passado. Mas o que é apontado como principal fator da nova filiação é a possibilidade de ser costurada a candidatura de Ciro à presidência da República em 2018 pelo PDT – com o aval do presidente da legenda, Carlos Lupi.

O problema, de acordo com um deputado cearense, tem sido as resistências observadas por integrantes do PDT no Ceará, que há anos são adversários dos irmãos Gomes, e do grupo do senador Cristovam Buarque (DF) – que embora não tenha se posicionado, anseia em ver o ex-governador do Distrito Federal também candidato à presidência em 2018.

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Ciro Gomes foi candidato à presidência duas vezes, pelo PPS: em 1998 e em 2002. Depois, no PSB, assumiu o ministério da Integração Nacional, no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele cogitou a possibilidade de voltar a se candidatar à presidência pelo PSB, mas não encontrou oportunidade diante da ambição do ex-governador pernambucano Eduardo Campos, de disputar a vaga (Campos encabeçou a chapa no ano passado até 13 de agosto, quando morreu em acidente de avião e foi substituído por Marina Silva).

Carlos Lupi e outros nomes do PDT nunca esconderam a possibilidade da sigla – que já teve seu fundador, Leonel Brizola, duas vezes candidato, em 1989 e em 1994 –, voltar a ter um nome com estofo suficiente para disputar a sucessão da presidenta Dilma Rousseff daqui a três anos.

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Hoje, Ciro e Cid comandam um grupo político formado por 80 prefeitos, 13 deputados estaduais, dois deputados federais e mais de duas centenas de vereadores, além de ex-prefeitos e lideranças políticas municipais do Ceará.

De acordo com políticos cearenses ligados ao grupo, eles também teriam ensaiado a possibilidade de se articular com dirigentes do PSB para retornar à legenda, poucos meses atrás, mas terminaram se definindo pelo PDT. Procurado, o líder pedetista na Câmara, deputado André Figueiredo (CE), evitou oficializar informações já confirmadas pelos colegas. Figueiredo confirmou as reuniões mas disse que tudo ainda está na base das conversas iniciais. E deixou claro que o partido está “de braços abertos para recebê-los”.

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‘Com carinho’

Recentemente, em entrevista ao jornal O Globo, Ciro Gomes, que hoje trabalha como executivo na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), disse que “pensa com muito carinho em 2018”.

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Embora o grupo político dos Gomes tenha saído do PSB por não ter concordado com o rompimento dos socialistas com o governo, o que se fala nos bastidores é que, nos últimos tempos, o relacionamento dos irmãos Ciro e Cid com o PT e o governo Dilma Rousseff anda estremecido.

Depois da saída do Ministério da Educação – num episódio em que o então ministro foi flagrado chamando os deputados de “achacadores” – Cid Gomes repetiu a declaração em audiência pública na Câmara e se viu obrigado a deixar o governo. Na época, tanto ele como o irmão criticaram o que chamaram de dependência da presidenta dos grupos conservadores instalados no Congresso Nacional.

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Em segundo lugar, porque Ciro Gomes demonstrou publicamente seu descontentamento com as medidas anunciadas por Dilma em seu segundo governo em relação ao ajuste fiscal. E, principalmente, com a escolha do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, com cujos métodos não concorda.

No início do ano, porém, o cenário era outro e Cid Gomes tentou negociar a criação de um novo partido a ser formado por integrantes de outras legendas, com o intuito de compor um bloco político que pudesse se contrapor ao poder do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), nas votações da Casa. A estratégia não teve seguimento depois da saída de Cid do Ministério da Educação.

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