Justiça acata denúncia e cinco acusados são presos no caso Dandara

A Justiça do Ceará acatou a denúncia do Ministério Público Estadual e determinou a prisão preventiva dos sete acusados da morte da travesti Dandara dos Santos, ocorrida em fevereiro em Fortaleza. Cinco já estão presos e dois seguem foragidos. O inquérito do crime entregue ao Ministério Público indica a participação de 12 pessoas, sendo oito adultos e quatro adolescentes, já apreendidos

A Justiça do Ceará acatou a denúncia do Ministério Público Estadual e determinou a prisão preventiva dos sete acusados da morte da travesti Dandara dos Santos, ocorrida em fevereiro em Fortaleza. Cinco já estão presos e dois seguem foragidos. O inquérito do crime entregue ao Ministério Público indica a participação de 12 pessoas, sendo oito adultos e quatro adolescentes, já apreendidos
A Justiça do Ceará acatou a denúncia do Ministério Público Estadual e determinou a prisão preventiva dos sete acusados da morte da travesti Dandara dos Santos, ocorrida em fevereiro em Fortaleza. Cinco já estão presos e dois seguem foragidos. O inquérito do crime entregue ao Ministério Público indica a participação de 12 pessoas, sendo oito adultos e quatro adolescentes, já apreendidos (Foto: Rodrigo Rocha)


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Edwirges Nogueira, da Agência Brasil - A 1ª Vara do Júri recebeu a denúncia do Ministério Público do Ceará contra sete acusados da morte de Dandara dos Santos, ocorrido em fevereiro em Fortaleza, e determinou a prisão preventiva de todos. Cinco já estão presos e dois seguem foragidos. Dandara foi morta no dia 15 de fevereiro, mas o homicídio ganhou repercussão em março quando um vídeo de celular com imagens dela sendo espancada começou a circular na internet. Dandara era travesti e morava no Conjunto Ceará, bairro próximo ao Bom Jardim.

O promotor responsável pelo caso, Marcus Renan Palácio, detalhou hoje (24) o teor da denúncia. O inquérito do crime entregue ao Ministério Público indica a participação de 12 pessoas, sendo oito adultos e quatro adolescentes, já apreendidos. Um dos adultos é tido como um líder do tráfico de drogas da região do Bom Jardim, bairro da periferia da capital onde ocorreu o crime.

Segundo as investigações da Polícia Civil, o crime teria sido motivado por pequenos furtos que Dandara supostamente cometia na região. "Há um pacto entre os traficantes de drogas de que ninguém pratique crimes contra o patrimônio no território que eles comandam. Especificamente, não foi um crime de homofobia, embora na conduta de cada um deles haja um sentimento íntimo homofóbico", explicou Palácio

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No vídeo, usado inclusive para identificar os participantes do assassinato, Dandara é mostrada sendo brutalmente espancada e xingada. Depois, ela é colocada em um carrinho de mão e levada para outro local, que o vídeo não registra.

O laudo da Perícia Forense do Ceará determinou a causa da morte como traumatismo craniano, causado por dois disparos contra o rosto e pelo arremesso de uma pedra contra o crânio dela. O promotor determinou na denúncia que o crime é quadruplamente qualificado: por motivos fútil e torpe, por tortura e crueldade e por utilizar recursos que dificultaram a defesa da vítima.

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O Ministério Público também analisa o tempo decorrente entre as chamadas feitas para o 190 e o atendimento da ocorrência pela Polícia. De acordo com Palácio, passaram-se 35 minutos entre o início do espancamento e os disparos que mataram Dandara. Para tanto, foi solicitada à Secretaria da Segurança Pública de Defesa Social (SSPDS) os registros que tratam do crime e da ida de uma viatura policial ao local.

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