Glória Perez: maior violência não tem a ver com dramaturgia

Série policial Dupla Identidade, que aborda a mente de um serial killer, marca o retorno da autora ao gênero; segundo ela, tema não é abordado na TV aberta; em entrevista ao blog Propagando, Glória Perez discorda do fato de que o aumento da violência decorre do que se vê na televisão; "Não tem nada a ver com dramaturgia, tem a ver com impunidade"

Série policial Dupla Identidade, que aborda a mente de um serial killer, marca o retorno da autora ao gênero; segundo ela, tema não é abordado na TV aberta; em entrevista ao blog Propagando, Glória Perez discorda do fato de que o aumento da violência decorre do que se vê na televisão; "Não tem nada a ver com dramaturgia, tem a ver com impunidade"
Série policial Dupla Identidade, que aborda a mente de um serial killer, marca o retorno da autora ao gênero; segundo ela, tema não é abordado na TV aberta; em entrevista ao blog Propagando, Glória Perez discorda do fato de que o aumento da violência decorre do que se vê na televisão; "Não tem nada a ver com dramaturgia, tem a ver com impunidade" (Foto: Gisele Federicce)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Por Ricardo Fonseca, do blog Propagando - Uma das principais apostas da Rede Globo para o segundo semestre deste ano, a série Dupla Identidade marca, depois de "Hilda Furacão" e "Amazônia: De Galvez a Chico Mendes", o retorno da autora Glória Perez ao gênero.

A série conta a história de Edu (vivido por Bruno Gagliasso), um serial killer de uma vida insuspeita. Abordando o universo oculto da vida e da mente de serial killers e psicopatas, Dupla Identidade contará também a história de Ray (Debora Fallabela), uma jovem batalhadora que viverá uma Border (possui um transtorno conhecido como borderline), que se envolverá com Edu.

A atriz Luana Piovani viverá uma policial e psicóloga forense que se dedica a desvendar a mente de serial killers. Com um elenco repleto de estrelas, a nova série de Glória Perez terá o consagrado diretor teatral Aderbal Freire estreando como ator na telinha e, na direção, o renomado Mauro Mendonça Filho, que completa o "big team" dessa grande produção.

continua após o anúncio

Glória Perez falou com exclusividade nesta terça-feira 22 ao blog Propagando, de Ricardo Fonseca, sobre sua mais nova produção (que tem previsão de estreia em setembro na tela da Globo). Confira abaixo os principais trechos:

Propagando: Como surgiu a ideia de fazer uma minissérie policial?

continua após o anúncio

GP: Falta esse gênero na TV aberta: o policial psicológico, de suspense e suas personagens tradicionais, o serial killer e o caçador de mentes.

Propagando: Na minissérie você aborda Ray (Débora Falabella), uma paciente Borderline. Como chegou a esse transtorno?

continua após o anúncio

GP: Alguém com esse transtorno é vítima fácil da exploração de um psicopata, e percebi também que ele nunca tinha sido abordado na nossa dramaturgia.

Propagando: Edu (Bruno Gagliasso) viverá um serial killer. Ele foi inspirado no "maníaco do parque"?

continua após o anúncio

GP: Nem de longe. Nada a ver.

Propagando: Você acha que o aumento da violência no País é em decorrência do que se vê na televisão e no cinema, ou o inverso?

continua após o anúncio

GP: Não tem nada a ver com dramaturgia: tem a ver com impunidade. Nossas leis penais são um verdadeiro incentivo ao crime. Ficou barato matar.

Propagando: O que você acha que poderia ser feito para diminuir a violência no Brasil? Isso será abordado na minissérie?

continua após o anúncio

GP: Não, não vamos discutir o assunto. A série é uma viagem pela mente de um serial killer.

Propagando: Quem você acha que tem Dupla identidade na vida real?

continua após o anúncio

GP: Muita gente!

Propagando: Como toda autora de novelas, você gosta de finais felizes. Será assim também em Dupla identidade?

GP: Estamos falando de um serial killer... final feliz pra quem??

Propagando: Os atores fizeram laboratório em delegacias, presídios ou coisa parecida, para darem realismo aos personagens?

GP: Presídios, não. Tiveram encontros com policiais, fomos à PF de Brasília, conhecer o que há de mais moderno no campo da perícia, fomos ao Instituto de Criminalística de SP, tivemos palestras com especialistas no assunto.

Propagando: Em Dupla identidade você vai abordar questões do sistema penitenciário brasileiro?

GP: Não, não!

Propagando: Você é a favor da pena de morte ou acha que bandido tem de morrer na cadeia, como vem acontecendo em Pedrinhas no Maranhão?

GP: Não sou a favor da pena de morte, mas acho que bandido tem de ficar preso. Numa cadeia humana, sem tortura, mas preso e trabalhando!

Gloria Perez criou um blog para compartilhar sua pesquisa sobre a série.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247