Rafinha reclama porque ninguém quis ser Rafinha
Em vídeo publicado no seu canal do You Tube, o comediante Rafinha Bastos se disse "confuso" com a repercussão que a morte de cartunistas do Charlie Hebdo está tendo no Brasil; Rafinha se comparou às vítimas do ataque e se queixou por não ter recebido apoio do brasileiros em 2011, quando foi processado pela cantora Wanessa Camargo, por dizer que "comeria ela e o bebê"; "Quando eu fui processado pra caramba, eu era só um babaca que queria incomodar, que lutava pela tal liberdade de expressão para poder falar mal dos outros", disse; humorista defendeu o direito dos cartunistas assassinados; "No momento em que o humorista começa a cercear a própria liberdade, ele começa a perder a graça"
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247 - O humorista Rafinha Bastos se manifestou sobre o ataque de militantes islâmicos ocorridos há poucos dias na redação da revista de humor parisiense Charlie Hebdo.
Em seu canal no You Tube, Rafinha se disse "confuso" com a maneira como a morte dos cartunistas franceses que satirizavam a religião islâmica está sendo tratado no Brasil, basicamente com manifestações em defesa dos humoristas assassinados.
O humorista se queixou do fato dele não ter tido tratamento semelhante em 2011, quando foi processado pela cantora Wanessa, por dizer que "comeria ela e o bebê", quando fazia parte do programa CQC, da Band.
"Quando eu tive o meu DVD retirado das lojas, quando eu fui processado pra caramba, eu era só um babaca que queria incomodar, que lutava pela tal liberdade de expressão para poder falar mal dos outros", disse Rafinha. Ele foi condenado em 2012 a indenizar a cantora, o marido e o filho, pagando dez salários mínimos a cada um.
O apresentador do programa Agora é Tarde criticou o humorista Ziraldo, por ter dito, segundo ele, que os cartunistas franceses devem ser considerados heróis. "O mesmo Ziraldo que eu assisti no Observatório da Imprensa, que disse que se eu fizesse aquela piada do bebê com a neta dele, ele ia dar um tiro na minha cara", afirmou.
Rafinha Bastos defendeu o direito dos cartunistas assassinados. "No momento em que o humorista começa a cercear a própria liberdade, ele começa a perder a graça. É mas a sua piada, a questão não é se ela é ou não preconceituosa. A questão é que ela não teve graça. As piadas sem graça nascem nos mesmo lugares onde nascem as piadas engraçadas. E o comediante tem que testar isso, porque eu não sei se uma piada vai ser engraçada, até eu falar ela".
Em outro momento do vídeo, Rafinha diz: "É muito triste saber que tem lugar no mundo onde pessoas estão sendo assassinadas pelas piadas que fazem. É uma provocação, são piadas pesadas, mas às vezes o comediante é assim, a cabeça dele vai para lugares muito absurdos".
Assista na íntegra o vídeo de Rafinha Bastos:
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