Chatô: STJ extingue ação contra Guilherme Fontes

O Superior Tribunal de Justiça extinguiu nesta quinta (21) ação contra o ator Guilherme Fontes que pedia a condenação do ator por improbidade administrativa; a ação pública tinha sido ajuizada em 2010, pelo Ministério Público Federal, que responsabilizava Fontes pela má administração de R$ 51 milhões captados com base na Lei Rouanet e na Lei do Audiovisual para a realização do filme "Chatô - O Rei do Brasil"

O Superior Tribunal de Justiça extinguiu nesta quinta (21) ação contra o ator Guilherme Fontes que pedia a condenação do ator por improbidade administrativa; a ação pública tinha sido ajuizada em 2010, pelo Ministério Público Federal, que responsabilizava Fontes pela má administração de R$ 51 milhões captados com base na Lei Rouanet e na Lei do Audiovisual para a realização do filme "Chatô - O Rei do Brasil"
O Superior Tribunal de Justiça extinguiu nesta quinta (21) ação contra o ator Guilherme Fontes que pedia a condenação do ator por improbidade administrativa; a ação pública tinha sido ajuizada em 2010, pelo Ministério Público Federal, que responsabilizava Fontes pela má administração de R$ 51 milhões captados com base na Lei Rouanet e na Lei do Audiovisual para a realização do filme "Chatô - O Rei do Brasil" (Foto: Valter Lima)


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247 - O Superior Tribunal de Justiça extinguiu nesta quinta-feira (21) ação contra o ator Guilherme Fontes que pedia a condenação do ator por improbidade administrativa. A ação pública tinha sido ajuizada em 2010, pelo Ministério Público Federal, que responsabilizava Fontes pela má administração de R$ 51 milhões captados com base na Lei Rouanet e na Lei do Audiovisual para a realização do filme "Chatô - O Rei do Brasil". Na data da proposição, o filme ainda não tinha sido finalizado, o que só ocorreu neste ano, depois de quase duas décadas de produção.

Abaixo matéria do STJ: 

A Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou nesta quinta-feira (21) recurso do Ministério Público Federal (MPF) que pedia a condenação do ator e diretor Guilherme Fontes por improbidade administrativa. O motivo foi a captação de recursos oriundos de renúncia fiscal para produção do filme “Chatô – O Rei do Brasil”, que não havia sido concluído até o ajuizamento da ação. Só agora, depois de quase 20 anos de produção, o filme está com lançamento anunciado para este ano.

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Seguindo a jurisprudência consolidada no STJ, a maioria dos ministros entendeu que particulares não podem responder sozinhos a ações com base na Lei de Improbidade Administrativa (LIA), sem que também figure como réu na ação um agente público responsável pela prática do ato considerado ímprobo. O particular só responde como participante do ato.

Segundo a posição vencedora na Turma, o conceito de agente público previsto no artigo 2º da LIA deve ser interpretado restritivamente, impedindo seu alargamento para alcançar particulares que não se encontram no exercício de função estatal.

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O processo

A ação civil pública por improbidade administrativa foi ajuizada pelo MPF em dezembro de 2010 contra a empresa Guilherme Fontes Filmes Ltda., contra o próprio Guilherme Fontes e a empresária Yolanda Coeli. O objetivo era responsabilizá-los pela má administração de R$ 51 milhões que foram captados com base na Lei Rouanet e na Lei do Audiovisual.

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Segundo o MPF, investigações conduzidas pelo Ministério da Cultura, Controladoria Geral da União (CGU), Agência Nacional de Cinema (Ancine) e Comissão de Valores Mobiliários (CVM) constataram diversas irregularidades administrativas cometidas pelos réus, que teriam agido com negligência na gestão de dinheiro público, com vultosos danos ao erário.

O MPF pediu aplicação das penalidades previstas no artigo 12 da LIA. Citou expressamente a perda da função pública, caso ocupassem; suspensão dos direitos políticos; ressarcimento do dano; pagamento de multa civil e proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais.

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Decisões judiciais

A sentença julgou o processo extinto sem resolução de mérito ao fundamento de que não se pode falar em ato de improbidade administrativa praticado exclusivamente por particular sem que haja atuação de agente público.

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O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) negou a apelação do MPF. Os magistrados afirmaram que a elaboração de um filme por particular, ainda que haja ajuda financeira da administração pública, não pode ser interpretada como serviço realizado mediante delegação contratual ou legal pelo poder público, a ser executado em razão de concessão.

A decisão de segundo grau está em sintonia com a jurisprudência do STJ, razão pela qual o recurso do MPF foi negado. Ficou vencida a relatora do caso, desembargadora convocada Marga Tessler, que votou pelo provimento do recurso.

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