Mantega sobre o PIB de 0,6%: “Está acelerando”
Ministro da Fazenda busca aspectos positivos no resultado do crescimento da economia no primeiro trimestre; "Mantivemos o mesmo ritmo de crescimento do quarto trimestre, que foi o melhor do ano passado", comparou; "Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, foi muito maior", destacou; Mantega disse que a presidente Dilma Rousseff "ficou muito satisfeita com o resultado do investimento"; segundo o ministro, não haverá novos estímulos ao consumo e ao investimento; como cenário vai repercutir na reunião do Copom?
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247 – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que "os estímulos ao investimento estão todos em cima de mesa, e as empresas estão aproveitando". Ao analisar o crescimento de 0,6% no PIB no primeiro trimestre em relação ao resultado do último trimestre do ano passado, Mantega procurou ser bastante positivo. "O PIB em relação ao ano passado está acelerando", assegurou. Ele lembrou que o PIB do primeiro trimestre de 2012 cresceu apenas 0,1%, contra 90,6% agora. "Isso mostra que estamos crescendo a um ritmo de 2,2%", completou, referindo-se à taxa anualizada.
O ministro sustentou que o crescimento do nível do investimento privado na economia foi um dos melhores dados apurados pelo IBGE. "A presidente ficou muito satisfeita com o resultado do investimento", revelou. "O investimento está disseminado", disse Mantega. "Basta ver o consumo aparente de máquinas e equipamentos, com crescimento de 9,7%. E ainda não entraram em vigor as concessões, que vão elevar muito mais esse investimento". Ressaltou que "os investimentos do BNDES estão aumentando". Segundo o ministro, "os empresários estão aproveitando o custo baixíssimo do financiamento no Brasil inclusive para antecipar investimentos, o que dá uma dinâmica muito positiva para a economia".
Mantega destacou aspectos positivos para explicar o crescimento de 0,6% do PIB nos três primeiros meses do ano em relação ao último trimestre de 2012. "Esse crescimento se deu no cenário adverso da economia internacional", ressalvou o ministro. Ele afirmou que o índice divulgado hoje pelo IBGE se deu sobre um momento de recuperação da economia, no último período do ano passado.
O ministro afirmou também que o governo não pretende implementar novas medidas de estímulo à economia. "O consumo tem que se recuperar a partir do dinamismo dos investimentos. Não prevemos novos estímulos", disse Mantega. Segundo ele, "os investimentos estão todos surtindo efeito" e os estímulos já atuais também "continuarão surtindo efeito". "Conseguimos despertar os investimentos", afirmou.
Setorialmente, Mantega lembrou que "o setor agropecuário cresceu 8,7%, mostrando um grande aumento de produtividade". Para ele, "nesse setor não há crise". A respeito da indústria, Mantega assinalou que o crescimento negativo do setor foi "puxado para baixo pela indústria extrativista, que foi de menor 0,2%. A indústria de transformação subiu 0,3%", ressalvou.
Abaixo, notícia da Agência Brasil a respeito do pronunciamento do ministro da Fazenda:
Mantega anuncia previsão menor de crescimento do PIB, mas mantém otimismo com ambiente econômico
Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou que o governo deverá fazer uma revisão para baixo na previsão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2013. Hoje o IBGE anunciou que no primeiro trimestre o crescimento da economia ficou em 0,6% em comparação ao resultado do último trimestre do ano passado.
“Certamente, nós vamos rever quando fizermos o próximo relatório bimestral e certamente será para baixo. Não posso ver os dados. Mas os dados do segundo trimestre são muito bons”, disse. Mantega destacou que possui dados sobre o crescimento do transporte de carga na estrada e a produção de papelão ondulado, que segundo ele são bons indicadores.
“Temos [também] um cenário no mercado de capitais mais positivo, com vários IPO [abertura de capitais na Bolsa de Valores] com taxa mais baixas. Isso mostra que a confiança está melhorando na economia brasileira. A captação da empresas no exterior tem mostrado que tudo está indo muito bem. O ambiente econômico está melhorando muito bem”, disse.
Edição: José Romildo
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