Investigado, presidente da Fecomércio cria cortina de fumaça no sistema S

Alvo de diversos processos por irregularidades no comando da Fecomércio-RJ, o dirigente sindical Orlando Diniz atribui seus problemas com a Justiça a uma suposta perseguição política em razão de sua candidatura à presidência da Confederação Nacional do Comércio; os fatos mostram que a tese não fica de pé

Alvo de diversos processos por irregularidades no comando da Fecomércio-RJ, o dirigente sindical Orlando Diniz atribui seus problemas com a Justiça a uma suposta perseguição política em razão de sua candidatura à presidência da Confederação Nacional do Comércio; os fatos mostram que a tese não fica de pé
Alvo de diversos processos por irregularidades no comando da Fecomércio-RJ, o dirigente sindical Orlando Diniz atribui seus problemas com a Justiça a uma suposta perseguição política em razão de sua candidatura à presidência da Confederação Nacional do Comércio; os fatos mostram que a tese não fica de pé (Foto: Felipe L. Goncalves)


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247 - As eleições para a presidência da Confederação Nacional do Comércio, marcadas para o dia 25 de setembro próximo, estão sendo tumultuadas pela ação de um dirigente sindical que enfrenta vários problemas na Justiça. Trata-se de Orlando Diniz, que preside a Fecomércio-RJ e pretende concorrer ao cargo, embora não haja certeza sobre a possibilidade de que ele consiga registrar uma chapa competitiva. O motivo: Diniz é alvo de diversos processos no Tribunal de Contas da União por malversação de recursos do "sistema S". Apenas em patrocínios em ligação com a atividade fim do Sesc, cerca de R$ 28 milhões teriam sido gastos inadequadamente. Outra fortuna vem sendo despejada em escritórios de advocacia.

Diniz, no entanto, tem também movimentado assessorias de comunicação para sustentar a tese de que estaria sendo alvo de "perseguição política" pelo atual comando da CNC. A tese, no entanto, não se sustenta. Iniciado em 25 de junho deste ano, o processo eleitoral da entidade é aberto à inscrição de quaisquer chapas habilitadas, que só serão conhecidas no dia 10 de julho, ou seja, depois de amanhã. Os dirigentes terão mandato de 19 de novembro de 2014 a 18 de novembro de 2018.

O processo eleitoral na entidade não guarda qualquer relação com os problemas enfrentados por Orlando Diniz. Em 2011, muito antes da perspectiva de sucessão na CNC, os Conselhos Fiscais da Administração Nacional do Sesc e do Senac pediram a intervenção no Sesc-Rio e no Senac-Rio, por terem encontrado irregularidades naquelas regionais. Após muitas ações judiciais, as intervenções foram aprovadas em 2014. Com isso, Diniz foi afastado da presidência do Sesc RJ.  O TCU, por exemplo, apontou que R$ 28 milhões deverão ser devolvidos por Orlando Diniz aos cofres do Sesc RJ caso não comprove porque aplicou os recursos em patrocínios que não estão relacionados com a missão do Sesc.

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Diante dos inúmeros processos judiciais que enfrenta, que já levaram o Sistema Fecomércio, Sesc e Senac a dispender mais de R$ 47 milhões com advogados nos últimos três anos, ele decidiu espalhar a tese de que estaria sofrendo perseguição política. Dentro de dois dias, se saberá se Diniz terá mesmo uma chapa apta a concorrer às eleições da CNC - o que desperta sérias dúvidas, até porque sua própria eleição para Fecomércio-RJ está sub judice e ele se mantém no cargo por força de liminares.

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