O bilionário agora é remediado, diz advogado de Eike

"Eike só tem dinheiro para despesas comuns", declarou Sérgio Bermudes, advogado do empresário; segundo ele, o fundador do grupo EBX não tem nem perto de R$ 1,5 bilhão em sua conta bancária; para piorar, as ações de uma das últimas empresas sobreviventes de Eike Batista, a CCX Carvão, desabam 40% na Bovespa em meio às incertezas sobre seu futuro

"Eike só tem dinheiro para despesas comuns", declarou Sérgio Bermudes, advogado do empresário; segundo ele, o fundador do grupo EBX não tem nem perto de R$ 1,5 bilhão em sua conta bancária; para piorar, as ações de uma das últimas empresas sobreviventes de Eike Batista, a CCX Carvão, desabam 40% na Bovespa em meio às incertezas sobre seu futuro
"Eike só tem dinheiro para despesas comuns", declarou Sérgio Bermudes, advogado do empresário; segundo ele, o fundador do grupo EBX não tem nem perto de R$ 1,5 bilhão em sua conta bancária; para piorar, as ações de uma das últimas empresas sobreviventes de Eike Batista, a CCX Carvão, desabam 40% na Bovespa em meio às incertezas sobre seu futuro (Foto: Gisele Federicce)


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Por Marcello Ribeiro Silva

SÃO PAULO - Nem mesmo os maiores desafetos do empresário Eike Batista poderiam imaginar as dificuldades que assolam a vida do fundador do grupo EBX atualmente. Em entrevista exclusiva ao Infomoney, o advogado de Eike, Sérgio Bermudes, falou sobre o bloqueio de bens do empresário de até R$ 1,5 bilhão, determinado pela Justiça. Bermudes foi contundente ao afirmar que o empresário não possui esse montante em suas contas bancárias.

"Eike só tem dinheiro para despesas correntes, comuns, domésticas", explicou Bermudes, acrescentando que a cifra que Batista possui em suas contas é utilizada para o pagamento de gastos com a educação da família, alimentação e manutenção da casa. O advogado descartou que o dono do grupo EBX tenha qualquer gasto de luxo.

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Além disso, o representante de Eike na Justiça reforçou que o empresário não possui a cifra que a Justiça determinou para ser bloqueada em suas contas. "Posso garantir que Eike não tem nem perto de R$ 1,5 bilhão em suas contas pessoais. Ele não tem esse dinheiro", explicou o advogado, completando que a Justiça não deve ceder ao pedido do Ministério Público para os bens do fundador do grupo EBX também sejam bloqueados. "A Justiça sabe que os bens não fogem, nem se escondem. O dinheiro que ele tinha ele gastou ostensivamente nas empresas", concluiu.

O prazo é de 15 dias para que a defesa comprove que o valor do dano causado no mercado financeiro, calculado pelo Ministério Público em R$ 1,5 bilhão, é excessivo. Se tiver êxito no recurso, essa cifra pode ser ajustada. Na semana passada, o MPF denunciou o empresário por crimes contra o mercado de capitais, manipulação do mercado e uso indevido de informação privilegiada. Eike pode ser condenado em até 13 anos.

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Empresa sobrevivente de Eike desaba 40% na Bolsa

Por Paula Barra • Leonardo Silva

SÃO PAULO - A CCX Carvão (CCXC3), uma das últimas companhias do "Grupo X" que ainda está sob controle de Eike Batista, atravessa uma fase turbulenta no mercado em meio às incertezas sobre seu futuro. Nos últimos três pregões da Bovespa, as ações da companhia apresentaram uma movimentação atípica e desabaram mais de 40%. Sem dar explicações, a produtora de carvão disse ontem à noite, em comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que desconhecia "atos ou fatos" que pudessem justificar a queda.

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Embora aparentemente não tenha nenhuma novidade sobre a empresa, quanto mais se aproxima do fim de setembro, mais crescem as expectativas sobre seu desfecho. O cenário mais esperado é que a companhia venda seus ativos na Colômbia para a turca Yildirim por US$ 125 milhões - valor 72% abaixo do previsto em um memorando assinado entre as duas companhias no final de outubro, de US$ 450 milhões. O acordo, que foi fechado em fevereiro, aguarda ainda pela aprovação dos acionistas dos termos e condições para a venda, entretanto, a empresa vem prorrogando a apreciação do tema. Na última reunião do conselho de administração da CCX, do dia 8 de setembro, a companhia disse que estava adotando todas as condições precedentes para fechar a operação dentro do prazo, no dia 30 de setembro.

Apesar das expectativas em torno da operação, uma fonte próxima ao assunto disse, em entrevista ao InfoMoney, que alguma informação negativa sobre a venda já deve estar circulando dentro da empresa, até sobre uma possível sinalização de que isso não irá ocorrer, ao menos dentro do prazo estipulado. Uma das principais razões para isso é o forte movimento de venda de ações da CCX realizado por intermédio do Morgan Stanley, banco que atua como assessor financeiro exclusivo da CCX na transação.

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De acordo com a fonte, o Morgan Stanley havia comprado mais de 14 milhões de ações da CCX, mas vem nos últimos dias se desfazendo da posição. Embora não dê para afirmar que as operações sejam propriamente do Morgan, ou se ele está atuando apenas como intermediário das vendas, nos últimos três pregões (período em que a ação da empresa desabou na Bolsa) o banco liderou as vendas dos papéis da companhia.

Segundo dados do ProfitChart, entre os dias 12 e 16 de setembro, o Morgan Stanley vendeu 3,8 milhões de ações da companhia - liderando com folga o saldo vendedor dos papéis da empresa. Nesses dias, o Morgan representou 26% de todas as vendas com ações da CCX.

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Para a fonte, "essas vendas monstruosas são uma clara sinalização de que algo aconteceu, mas nem a CVM e nem a empresa estão comunicando". No último comunicado ao mercado, a CCX disse que não tinha conhecimento de atos ou fatos relevantes que pudessem justificar a movimentação atípica das ações ordinárias da companhia na Bolsa. Vale mencionar ainda que nos últimos dias surgiram rumores de que a companhia seria um dos bens a serem bloqueados pelo MPF (Ministério Público Federal) por dois crimes cometidos por Eike Batista contra o mercado de capitais.

Ontem, a Justiça Federal do Rio de Janeiro decretou o bloqueio dos ativos financeiros do empresário Eike Batista no Brasil até o limite de R$ 1,5 bilhão, atendendo parcialmente a pedido do Ministério Público Federal.

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