Bolsa sobe 5% e Petrobras 10% com rali eleitoral
Ibovespa fechou com a maior alta em mais de três anos comemorando pesquisa que apontou, no fim de semana, o candidato tucano Aécio Neves com 17,6 pontos de vantagem em relação à presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, e os apoios de Marina Silva e da família Campos ao presidenciável pelo PSDB; ações da Petrobras dispararam 10% nesta segunda-feira 13, acumulando ganhos de R$ 24 bilhões; Banco do Brasil, Bradesco e Itaú subiram entre 6% e 7%
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Por Rodrigo Tolotti Umpieres
SÃO PAULO - Diante do agitado noticiário eleitoral no fim de semana, o Ibovespa refletiu de forma bastante positiva nesta segunda-feira (13), com as companhias estatais liderando os ganhos do dia. O cenário externo, com a alta de mineradoras, também contribuiu para a alta do índice, que fechou com ganhos de 4,78%, a 57.956 pontos, chegando a bater na máxima do dia uma alta de 6,21%. Com isso, o Ibovespa supera a alta de 4,72%, registrada no pregão após o primeiro turno, chegando assim ao seu maior ganho diário desde 9 de agosto de 2011.
Divulgada pela IstoÉ no último sábado, a pesquisa Sensus mostrou uma diferença de 17,6 pontos percentuais entre o candidato Aécio Neves (PSDB) e a presidente Dilma Rousseff (PT). Ele aparece com 58,8% dos votos válidos e a petista Dilma Rousseff, com 41,2%.
Além da pesquisa eleitoral, no domingo, Marina Silva anunciou o seu voto e o seu apoio ao candidato tucano à presidência Aécio Neves (PSDB), um dia depois da família de Eduardo Campos - morto em 13 de agosto em um trágico acidente aéreo - manifestar o seu apoio.
Com a combinação de notícias positivas para o candidato tucano, os ativos de estatais e bancos dispararam nesta sessão, com ganhos de mais de 10%. O Banco do Brasil (BBAS3) fechou o dia com alta de 10,86%, a R$ 33,48, enquanto a Petrobras (PETR3; PETR4) se valorizou cerca de 10%. Entre os bancos, destaque para Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 38,00, +7,56%) e Bradesco (BBDC3, R$ 38,18, +6,59%; BBDC4, R$ 39,16, +7,82%).
Na agenda de indicadores, destaque para o Focus, que elevou a expectativa para o PIB pela primeira vez após 19 semanas, para alta de 0,28% em 2014. Em relação à inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em 2014, os economistas aumentaram a projeção para 6,45%, ante 6,32% na semana anterior, aproximando-se do teto da meta, enquanto para o próximo ano a projeção continuou em 6,30%.
O noticiário eleitoral positivo para o mercado também reflete no câmbio, com o dólar registrando fortes perdas desde o início da sessão. Após um dia de alta na sexta-feira, a moeda norte-americana teve perdas de 1,28%, fechando cotada a R$ 2,3917 na compra e R$ 2,3927 na venda.
Vale em alta; outras exportadoras em leve queda Além disso, destaque para as ações da Vale (VALE3; VALE5), cujo preço do minério de ferro iniciou a semana com forte alta, avançando 4% para US$ 83,1 a tonelada, dando sequência a duas semanas consecutivas em que o insumo fechou no campo positivo.
As ações da Vale subiram cerca de 5%, enquanto as siderúrgicas também têm um dia de ganhos, após dados da China mostrarem que as exportações subiram 15,3% em setembro contra o ano anterior. As importações avançaram 7% em termos de valor, contra estimativa de queda de 2,7%.
Já com a queda do dólar, as ações de outras companhias exportadoras têm leve queda, como a do setor de papel e celulose e a Embraer (EMBR3), que têm suas receitas atreladas ao dólar.
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