Singer critica Dilma por economia ortodoxa
Cientista político André Singer, que foi porta-voz de Lula, reforça coro da esquerda petista, que não viu com bons olhos a alta dos juros após as eleições e a possível indicação de um nome de mercado para o ministério da Fazenda; "A presidente parece não ter percebido que os dizeres contam e que o preço de afirmar uma coisa e fazer outra é muito maior do que parece", diz ele
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247 - O cientista político André Singer, ex-porta-voz de Lula, reforça o coro da esquerda do PT e critica os primeiros sinais do novo governo Dilma. Na coluna "Sinais trocados", publicada na Folha de S. Paulo, ele critica as primeiras decisões tomadas por ela.
"Encerrada a contenda, no entanto, começaram a proliferar informações contraditórias a respeito das escolhas cruciais a serem feitas pela ex-jovem heroína. A primeira veio à tona menos de 24 horas após contados os votos. Dilma estaria em busca de um nome do mercado para ministro da Fazenda. Mas se era para entregar a política econômica aos banqueiros como justificar os ataques a Marina e Aécio?", diz ele.
"No dia seguinte coube ao próprio BC protagonizar mais uma emissão atravessada de sinais. Para surpresa do próprio mercado, a diretoria decidiu aumentar os juros. Mas não era isso que se queria evitar? Dilma havia dito que o PSDB plantava "dificuldades para colher juros". E agora?"
"Por fim, surge a informação de que o governo prepara um pacote com redução de gastos públicos para a semana que vem. Na campanha, Dilma disse que os tucanos só sabiam cortar, e que ela faria diferente. A presidente parece não ter percebido que os dizeres contam e que o preço de afirmar uma coisa e fazer outra é muito maior do que parece."
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