Língua solta de Neca coloca Itaú na berlinda

Na contramão do mercado, educadora e herdeira do banco Itaú Neca Setubal critica correção, pelo Banco Central, de 0.25 percentual nos juros básicos; e aproveita para ironizar inclusão de presidente do concorrente Bradesco na lista de ministeriáveis; "E ainda falam em Luiz Carlos Trabuco para ministro da Fazenda", desfere ela, em sociedade; sob o peso de uma multa de R$ 18 bilhões aplicada contra o Itaú pela Receita Federal, em fase de recurso, em razão da fusão com o Unibanco, em 2008, quanto menos os representantes da instituição espalharem provocações, diz o bom senso, melhor; não há dúvida que Neca perdeu uma boa chance de ficar quieta após suas férias na Europa

Na contramão do mercado, educadora e herdeira do banco Itaú Neca Setubal critica correção, pelo Banco Central, de 0.25 percentual nos juros básicos; e aproveita para ironizar inclusão de presidente do concorrente Bradesco na lista de ministeriáveis; "E ainda falam em Luiz Carlos Trabuco para ministro da Fazenda", desfere ela, em sociedade; sob o peso de uma multa de R$ 18 bilhões aplicada contra o Itaú pela Receita Federal, em fase de recurso, em razão da fusão com o Unibanco, em 2008, quanto menos os representantes da instituição espalharem provocações, diz o bom senso, melhor; não há dúvida que Neca perdeu uma boa chance de ficar quieta após suas férias na Europa
Na contramão do mercado, educadora e herdeira do banco Itaú Neca Setubal critica correção, pelo Banco Central, de 0.25 percentual nos juros básicos; e aproveita para ironizar inclusão de presidente do concorrente Bradesco na lista de ministeriáveis; "E ainda falam em Luiz Carlos Trabuco para ministro da Fazenda", desfere ela, em sociedade; sob o peso de uma multa de R$ 18 bilhões aplicada contra o Itaú pela Receita Federal, em fase de recurso, em razão da fusão com o Unibanco, em 2008, quanto menos os representantes da instituição espalharem provocações, diz o bom senso, melhor; não há dúvida que Neca perdeu uma boa chance de ficar quieta após suas férias na Europa (Foto: Ana Pupulin)


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247 – Depois de ter se transformado num dos pontos fracos da campanha de Marina Silva à Presidência da República, a educadora e herdeira Neca Setubal está criando problemas para a instituição de sua família, o banco Itaú. Como se sabe, banqueiros prudentes não comentam decisões de governos, dos quais dependem em muitos aspectos da legislação do dia a dia.

No caso do Itaú, presidido pelo irmão de Neca, Roberto, o silêncio se mostra ainda mais importante à medida em que o banco da família Setubal está recorrendo, no âmbito da Receita Federal, de uma multa já decidida de R$ 18 bilhões pelo não recolhimento de impostos em torno da fusão com Unibanco, em 2008. O melhor seria não provocar, de nenhuma maneira, o Leão.

Com a língua solta após uma viagem de descanso pela Europa, após ter sido a pivô da derrota de sua amiga Marina, Neca parece prosseguir em campanha. Ela fez mais de R$ 1 milhão em doações para a Instituto Marina Silva, mas prossegue ativa.

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Em notas publicadas na coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, Neca diz que a elevação de 0.25 ponto percentual, pelo Copom do Banco Central, na semana passada, "foi a coisa mais irônica dessa campanha". É certo que a eleição terminou no domingo 26 de outubro, mas para a irmã do baqueiro Roberto Setubal parece que o País está em pleno 3º turno, etapa não prevista pela legislação eleitoral.

Posicionando-se como crítica de primeira hora do governo Dilma Rousseff, Neca, por motivos óbvios, foi, ela sim, irônica ao referir-se aos comentários que colocam o presidente do Bradesco na lista de possíveis futuros ministros da Fazenda:

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- E ainda falam no Luiz Carlos Trabuco como ministro da Fazenda, desdenhou a acionista do Itaú.

Pelo que se noticiou, a herdeira do banco fundado por seu pai, Olavo, está entre os que ainda tem dificuldades em aceitar o resultado das urnas – e, na prática, não reconhece a ótima repercussão no mercado financeiro, especialmente na Bolsa de Valores de São Paulo, que a simples menção ao nome de Trabuco causou.

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Defensora de um Banco Central independente, Neca soltou o verbo na contramão dos investidores, que reconheceram na elevação de 0.25 percentual uma medida correta de um BC que, na prática, tem funcionado com autonomia em relação à administração federal. Em diferentes depoimentos, diretores do BC declararam que nunca sofreram pressões para mexer, para cima ou para baixo, nos juros.

Além disso, o mercado está igualmente entendendo que os juros deverão chegar a, no máximo, 12% ao final de 2015, numa leve correção de patamar para demarcar credibilidade e atrair investimentos. Um ajuste que se considera leve perto do que poderia ser feito no caso da vitória do PSDB que Neca, uma vez Marina derrota, apoiou.

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Abaixo, notícia da agência Reuters sobre as expectativa do mercado para a taxa de juros. Estas incluem até mesmo um recuo ao patamar de 11% ainda este ano. Neca perdeu uma oportunidade de falar sobre Educação, que diz ser seu ramo exclusivo, em lugar de manifestar a torcida contra. As palavras dela, afinal, pode respingar no prestígio do próprio Itaú:

Economistas elevam projeção para a Selic a 12% em 2015

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Por Patricia Duarte

SÃO PAULO (Reuters) - Economistas de instituições financeiras elevaram a estimativa para a Selic no fim de 2015 a 12 por cento, sobre 11,50 por cento previstos antes, mas a expectativa de que a taxa básica de juros fechará este ano a 11 por cento ainda não foi alterada, mostrou nesta segunda-feira a primeira pesquisa Focus do Banco Central com projeções coletadas após a reeleição da presidente Dilma Rousseff.

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Na quarta-feira passada, O BC surpreendeu ao elevar a Selic em 0,25 ponto percentual, para 11,25 por cento, numa decisão dividida e sob a justificativa de que os riscos para a inflação aumentaram.

A alta foi bem recebida por agentes econômicos, que viram como sinal de mudança na política econômica no segundo mandato de Dilma. A pesquisa Focus levantou projeções até a última sexta-feira e, por isso, ainda deve mostrar mudanças nas contas.

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC tem ainda mais uma reunião neste ano, em 2 e 3 de dezembro, para definir o futuro da Selic.

Em relação à alta do IPCA, a projeção para este ano manteve-se em 6,45 por cento e, para 2015, subiu ligeiramente 0,02 ponto percentual, a 6,32 por cento, aproximando-se mais do teto da meta do governo --de 4,5 por cento, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos.

Sobre expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014, a perspectiva foi reduzida a 0,24 por cento neste ano, frente a 0,27 por cento de crescimento previsto antes. Para 2015 a projeção é de expansão da economia de 1 por cento, mesmo número da pesquisa anterior.

Veja abaixo os dados sobre a expectativa do mercado, pela mediana das projeções:

2014 2015

Indicador Anterior Atual Anterior Atual

.IPCA 6,45% 6,45% 6,30% 6,32%

.Dólar (fim do ano) R$2,40 R$2,45 R$2,50 R$2,55

.Selic (fim do ano) 11,00% 11,00% 11,50% 12,00%

.Dívida líquida/PIB 35,25% 35,25% 35,75% 35,80%

.PIB (crescimento) 0,27% 0,24% 1,00% 1,00%

.Indústria (crescimento) -2,24% -2,17% 1,42% 1,42%

.Conta corrente (US$ bi) -81,50 -81,00 -75,00 -75,00

.Balança (US$ bi) 2,10 2,00 7,21 7,24

.IED (US$ bi) 60,00 60,00 60,00 60,00

.Preços administrados 5,15% 5,15% 7,00% 7,00%

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