Cerco a empreiteiras ameaça 500 mil empregos

Setor de construção pesada emprega, diretamente, mais de 500 mil pessoas; acossadas pela Lava Jato e pela denúncia que pede uma multa de R$ 4,7 bilhões, além da suspensão de todos os seus contratos atuais e futuros, estão agora ameaçadas de quebrar as empresas Camargo Corrêa, Mendes Júnior, Galvão Engenharia, Sanko Sider, Galvão Engenharia e OAS, que tocam algumas das principais obras de infraestrutura do País; será que faz mesmo algum sentido destruir tantas empresas?

Setor de construção pesada emprega, diretamente, mais de 500 mil pessoas; acossadas pela Lava Jato e pela denúncia que pede uma multa de R$ 4,7 bilhões, além da suspensão de todos os seus contratos atuais e futuros, estão agora ameaçadas de quebrar as empresas Camargo Corrêa, Mendes Júnior, Galvão Engenharia, Sanko Sider, Galvão Engenharia e OAS, que tocam algumas das principais obras de infraestrutura do País; será que faz mesmo algum sentido destruir tantas empresas?
Setor de construção pesada emprega, diretamente, mais de 500 mil pessoas; acossadas pela Lava Jato e pela denúncia que pede uma multa de R$ 4,7 bilhões, além da suspensão de todos os seus contratos atuais e futuros, estão agora ameaçadas de quebrar as empresas Camargo Corrêa, Mendes Júnior, Galvão Engenharia, Sanko Sider, Galvão Engenharia e OAS, que tocam algumas das principais obras de infraestrutura do País; será que faz mesmo algum sentido destruir tantas empresas? (Foto: Aline Lima)


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247 – Dos aeroportos de Guarulhos e Brasília, passando por pelo Rodoanel, em São Paulo, e chegando até a usina em construção de Belo Monte, no Pará, seis das maiores empreiteiras do País respondem atualmente por mais de 100 mil empregos na área da construção pesada. Apenas no setor de óleo e gás, Camargo Corrêa, Sanko, Mendes Junior, OAS, Engevix e Galvão Engenharia respondem por cerca de 70% dos 85 mil postos de trabalho que, segundo dados do Dieese, estavam ocupados em dezembro do ano passado. Agora, toda essa massa de mão de obra empregada está sob a sombra de uma multa bilionária sugerida como punição pelo envolvimento das companhias na operação Lava Jato. As consequências para a economia não serão menos que nefastas.

A se tomar ao pé da letra, o pagamento dos R$ 4,47 bilhões pedidos pelo Ministério Público à Justiça Federal contra as empresas, como ressarcimento por atos de corrupção no âmbito da operação Lava Jato,  representa uma estaca batida no coração financeiro de cada uma das empresas. Em consequência, as principais artérias de irrigação empregatícia desta área estratégica  da economia ficarão entupidas. Adiantando-se aos problemas de caixa que já se verificam – e que agora, com a ameaça do MP, se tornam dramáticos –, a OAS já coloca ativos à venda, a Camargo Corrêa demitiu em sua própria sede e os reflexos nos canteiros de obras das demais vão sendo conhecidos paulatinamente. Apenas em Belo Monte, por exemplo, um total de sete mil trabalhadores estão diretamente ameaçados. Não menos que 2 mil operários que atuam na construção do Rodoanel igualmente podem perder sua principal fonte de sustento.

Pelo País, obras de todos os tamanhos, relacionadas às grandes empreiteiras, sofrem com o fantasma de uma interrupção abrupta. Para o fluxo financeiro das empresas, o risco da multa sugerida pelo MP torna, desde já, a captação de recursos mais cara. Sem dúvida, por outro lado, haverá consequências para o rating de cada uma delas, que perderão graus de investimento e iram carregar o carimbo de marcadas para quebrar.

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Não será pela truculência que a corrupção será combatida no Brasil. O sacrifício puro e simples de empresas que, à parte os gestos ilegais de seus comandos, empregam brasileiros em massa é um preço alto demais a pagar. Ele recairá sobre toda a sociedade a começar pelos trabalhadores da base da pirâmide econômica. Atacar a doença matando os doentes não é uma boa prática, ao contrário.

Nos Estados Unidos, onde a própria Petrobras já enfrenta investigação, a opinião dominante é a de que os corruptos devem, sim, enfrentar as consequências de seus atos. Mas as companhias e seus colaboradores devem ser preservados.

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