Levy: 'Brasil entendeu que ajuste é necessário a crescimento'
Em debate no Fundo Monetário Internacional (FMI), o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse, neste domingo (19), que os brasileiros "entenderam" que o ajuste fiscal é necessário para retomar o crescimento, e que os governos precisam ser "corajosos" para explicar as medidas; "O Brasil está adotando decisões difíceis", afirmou; Levy disse que os líderes do Congresso assinaram uma declaração dizendo que não aprovarão leis que aumentem as despesas do governo; "É bom numa democracia quando as pessoas chegam a esse tipo de comprometimento", diz
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247 - Em debate no Fundo Monetário Internacional (FMI), o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse, neste domingo (19), que os brasileiros "entenderam" que o ajuste fiscal é necessário para retomar o crescimento, e que os governos precisam ser "corajosos" para explicar as medidas. "O Brasil está adotando decisões difíceis", afirmou.
Levy disse que os líderes do Congresso assinaram uma declaração dizendo que não aprovarão leis que aumentem as despesas do governo. "É bom numa democracia quando as pessoas chegam a esse tipo de comprometimento."
Em um dos últimos eventos do encontro que reúne ministros econômicos e presidentes de bancos centrais do mundo, Levy participou da mesa-redonda sobre os riscos do alto endividamento, com a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, a ex-primeira-ministra da Nova Zelândia Helen Clark e a ministra das Finanças de Portugal, Maria Luis Albuquerque.
Depois da exibição de um vídeo com citações de Alexander Hamilton e até da escritora Margaret Atwood sobre o peso de uma dívida, o moderador perguntou aos participantes sobre o aspecto positivo delas. Levy disse que "uma dívida pode ser útil se for administrada e sustentável". Lagarde concordou.
Levy indicou que a dívida bruta brasileira não é tão alta quando comparada a de países ricos -segundo dados do FMI, ela foi de 65% em 2014, menor que a da Alemanha (73%), França (95%) e EUA (105%), mas maior que a de seus pares nos Brics, Rússia (18%) e China (41%) e igual à da Índia.
Ele elogiou a Lei da Responsabilidade Fiscal como "arcabouço fiscal sólido", dizendo que na última década foi possível manter a dívida bruta brasileira "abaixo dos 60% do PIB" -segundo dados do BC, com metodologia diferente da do FMI, ela foi de 64% em 2014.
"Essa lei é muito clara e transparente, e endereçou a continuidade. Quando tivemos o boom dos anos 2000 até 2010, pudemos poupar e deixar reservas intocáveis. Quando a crise [financeira] veio, estávamos em uma posição confortável", disse.
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