Steinbruch adverte: Brasil precisa olhar para frente

Presidente da CSN e líder da Fiesp diz em artigo publicado na Folha que o país volta acrescer no segundo semestre; segundo ele, há motivos para esperar que as condições da economia brasileira melhorem significativamente a partir do terceiro e quarto trimestres deste ano pelas seguintes razões: o ajuste fiscal e disposição do ministro Levy, o iminente recuo da inflação, o equilíbrio do câmbio, farta liquidez internacional e a saída da Petrobras de seu inferno astral; “É obrigatório observar que o efeito Petrobras, que pressionou a economia para baixo nos últimos meses, vai agora impulsioná-la no sentido contrário, com a reativação de investimentos paralisados pela crise da Operação Lava Jato”

Presidente da CSN e líder da Fiesp diz em artigo publicado na Folha que o país volta acrescer no segundo semestre; segundo ele, há motivos para esperar que as condições da economia brasileira melhorem significativamente a partir do terceiro e quarto trimestres deste ano pelas seguintes razões: o ajuste fiscal e disposição do ministro Levy, o iminente recuo da inflação, o equilíbrio do câmbio, farta liquidez internacional e a saída da Petrobras de seu inferno astral; “É obrigatório observar que o efeito Petrobras, que pressionou a economia para baixo nos últimos meses, vai agora impulsioná-la no sentido contrário, com a reativação de investimentos paralisados pela crise da Operação Lava Jato”
Presidente da CSN e líder da Fiesp diz em artigo publicado na Folha que o país volta acrescer no segundo semestre; segundo ele, há motivos para esperar que as condições da economia brasileira melhorem significativamente a partir do terceiro e quarto trimestres deste ano pelas seguintes razões: o ajuste fiscal e disposição do ministro Levy, o iminente recuo da inflação, o equilíbrio do câmbio, farta liquidez internacional e a saída da Petrobras de seu inferno astral; “É obrigatório observar que o efeito Petrobras, que pressionou a economia para baixo nos últimos meses, vai agora impulsioná-la no sentido contrário, com a reativação de investimentos paralisados pela crise da Operação Lava Jato” (Foto: Realle Palazzo-Martini)


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247 - Dono da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), privatizada no governo de Fernando Henrique Cardoso, e vice-presidente da toda poderosa Fiesp, poder-se-ia esperar, sem espanto algum, uma posição golpista de Benjamin Steinbruch, alinhada a facções do PSDB que defendem o quanto pior melhor para forçar o impeachmente da presidente Dilma Russeff (PT). Mas não. Para espanto de alguns, desespero de outros, o empresário vende otimismo e aposta na retomada do crescimento em texto publicado nesta terça-feira (21), na Folha de S. Paulo.

Em suas linhas, Steinbruch enumera as condições que estão se formando para que a economia brasileira se recupere já a partir do terceiro trimestre de 2015. Além, o empresário afasta o pessismismo e diz que o Brasil e os brasileiros precisam olhar para a frente: “Poderia fazer um longo texto descrevendo as mazelas do setor industrial (...),Mas isso é o passado. O Brasil e os brasileiros estão precisando olhar para a frente.”

Para ele, há vários indicadores de que a crise econômica ficará no retrovisor: o ajuste fiscal e disposição do ministro Levy em fazê-lo; o iminente recuo da inflação com o fim do impacto das tarifas públicas; o equilíbrio do câmbio em níveis favoráveis à atividade exportadora; a farta liquidez internacional com juros baixos no hemisfério Norte; e a saída definitiva da Petrobras de seu inferno astral; entre outros.

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Para ele, é obrigatório observar que o efeito Petrobras, que pressionou a economia para baixo nos últimos meses, vai agora impulsioná-la no sentido contrário, com a reativação de investimentos paralisados pela crise da Operação Lava Jato.

Leia abaixo a íntegra do texto de Steinbruch:

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Olhar para frente 

Poderia fazer um longo texto descrevendo as mazelas do setor industrial, que apresentou uma queda de produção acumulada de 4,5% nos 12 meses encerrados em fevereiro. Ou lembrar que a economia como um todo, medida pelo índice IBC-Br, do Banco Central, teve uma retração de 3,16% em fevereiro na comparação com o mesmo mês do ano passado. Mas isso é o passado. O Brasil e os brasileiros estão precisando olhar para a frente.

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Há motivos para esperar que as condições da economia brasileira melhorem significativamente a partir do terceiro e quarto trimestres pelas razões que enumero a seguir.

O ajuste fiscal está em andamento, e, a esta altura, é muito difícil encontrar alguém que levante dúvidas sobre a disposição do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de levar adiante seu programa nessa área. A inflação, embora ainda alta, tende a recuar com a diluição do impacto do aumento de tarifas públicas. O câmbio mantém uma trajetória benigna, nem tão desvalorizado para complicar a política anti-inflacionária nem tão valorizado a ponto de prejudicar a atividade exportadora.

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No mercado financeiro, um olhar atento para a frente revela que a Petrobras, empresa importantíssima para a atividade econômica do país, tem tudo para sair de seu inferno astral. Com a expectativa da publicação do balanço auditado amanhã ou nos próximos dias, as cotações de suas ações já subiram significativamente, ao mesmo tempo em que analistas voltam a recomendar a compra de bônus externos da empresa.

Olhando para a frente, portanto, é obrigatório observar que o efeito Petrobras, que pressionou a economia para baixo nos últimos meses, vai agora impulsioná-la no sentido contrário, com a reativação de investimentos paralisados pela crise da Operação Lava Jato. Desde que assumiu a atual diretoria, em fevereiro, a estatal já fechou a contratação de financiamentos internos e externos de quase R$ 30 bilhões, que lhe garantem os recursos necessários para a operação deste ano.

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Joga a favor da melhoria das condições da economia brasileira o momento de farta liquidez internacional com juros baixos, o que reduz eventuais preocupações das empresas com o financiamento de suas operações.

Estatísticas do BC mostram, por exemplo, que, a despeito das turbulências locais, a taxa de rolagem de financiamentos externos das empresas atingiu 106% em fevereiro. Na prática, as companhias têm conseguido captar mais que o necessário para arcar com os vencimentos de suas dívidas externas.

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Outro fato favorável é a firme recuperação da economia americana, tendência realçada na reunião de primavera do FMI, no fim de semana passado. O crescimento dos EUA pode ter impacto importante nas exportações brasileiras de manufaturados, como já se constata nas estatísticas de comércio exterior entre os dois países.

Na área internacional, há ainda o fator China. Acabou, pelo menos por enquanto, o tempo do tradicional ritmo chinês de dois dígitos, mas a economia do gigante asiático continuará com certeza crescendo a uma taxa de pelo menos 7% ao ano. Garantia explícita sobre isso foi dada pelo próprio primeiro-ministro chinês, Li Keqiang.

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Em uma incomum entrevista à imprensa internacional, ele passou a mensagem de que a China vai manter seus compromissos para manutenção da ordem mundial. E prometeu trabalhar com outros países para aquecer a economia global. Dado o alto grau de controle governamental sobre a economia chinesa, declarações como essa servem para afastar possíveis previsões sobre um desaquecimento ainda maior da atividade na China.

Por último, é bom lembrar que o Brasil, embora viva sua crise de confiança, mantém um enorme mercado consumidor, que pode ser estimulado. Pela lógica, a melhora das contas públicas, por meio do ajuste fiscal, deve dar ânimo ao BC para abrandar o arrocho monetário e reduzir juros. Ao mesmo tempo, uma nova política de investimentos em infraestrutura, principalmente por meio de concessões públicas, e medidas destinadas a devolver competitividade à indústria podem jogar adrenalina na economia.

É o que se espera, para que o impacto do atual momento de crise não atinja ainda mais o emprego nem ameace os ganhos sociais obtidos a duras penas nos últimos anos.

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