Petrobras: Morgan Stanley rebaixa recomendação de ações para 'venda'

Banco cortou nesta segunda-feira 27 sua recomendação para os ADRs (American Depositary Receipts) da Petrobras para underweight (desempenho baixo da média), com preço-alvo de US$ 8,50 que oferece um potencial de queda de 15% contra o fechamento de sexta-feira

The corporate logo of financial firm Morgan Stanley is pictured on a building in San Diego, California in this September 24, 2013 file photo. Morgan Stanley's risk-weighted assets related to fixed-income trading fell by 2.7 percent last quarter, Chief Fin
The corporate logo of financial firm Morgan Stanley is pictured on a building in San Diego, California in this September 24, 2013 file photo. Morgan Stanley's risk-weighted assets related to fixed-income trading fell by 2.7 percent last quarter, Chief Fin (Foto: Gisele Federicce)


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Por Paula Barra

SÃO PAULO - O Morgan Stanley cortou nesta segunda-feira (27) sua recomendação para os ADRs (American Depositary Receipts) da Petrobras (PETR3; PETR4) para underweight (desempenho baixo da média), com preço-alvo de US$ 8,50 que oferece um potencial de queda de 15% contra o fechamento de sexta-feira.

Na visão do banco, o resultado auditado da estatal remove uma grande dúvida sobre a companhia e o mercado de renda fixa brasileira. Apesar disso, os analistas comentam que, seguindo o rali de 100% desde março, há um "downside" (potencial de queda) de 15% nos papéis devido a projeção de fluxo de caixa negativo entre 2015 e 2018 e níveis desproporcionais de dívida.

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Os analistas Bruno Montari e Madalena Carmona & Costa, que assinam o relatório, citam que sua tese de investimento no papel basea-se em três pilares: valuation, estrutura de capital e fundamentos.

No caso do valuation, eles citam que as ações ficaram "caras" após rali, sendo negociadas agora a um múltiplo valor de empresa/Ebitda de 8,8 vezes, o que dá um prêmio de 30% em relação aos seus pares.

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Já para a estrutura de capital, os analistas citam que seguem bastante preocupados com a projeção de alavancagem para a companhia, que medida pela dívida líquida/Ebitda está em 6 vezes em 2015, com projeção para estacionar em 5 vezes no médio prazo. "Não pensamos que os cortes no capex (investimentos em bens de capital) e venda de ativos serão suficientes para desalavancar o balanço do empresa", disseram.

Por fim, sobre os fundamentos, eles comentaram que o crescimento da produção projetado para 2016 de 2,8% desapontou, levando a um material corte em sua curva de produção da companhia. E, com esperado nível de capex mais baixo, eles veem um fluxo de caixa negativo de US$ 6 bilhões por ano, em média, de 2015 a 2018.

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Em meio às novas projeções, o Morgan Stanley cortou o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Petrobras em 30% para 2015 e 2016. 

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