Beliscão em bancos atenua ajuste no trabalhador

"Finalmente os bancos levam um pequeno beliscão e vão contribuir com o ajuste fiscal que até agora penalizou apenas os trabalhadores e as empresas produtivas", avalia Tereza Cruvinel, colunista do 247, ao comentar a elevação de 15% para 20% da Contribuição sobre o Lucro Líquido, medida publicada hoje e que deve render algo em torno de R$ 4 bilhões ao governo; setor financeiro, acrescenta a jornalista, até agora não "tossiu" nem "mugiu"; "Como reclamar se ganharam tanto só neste primeiro trimestre de um ano tão duro?", questiona; "Então, finalmente o verdadeiro 'andar de cima' entra com alguma contribuição. Resta saber se ela contenta os críticos do ajuste", finaliza; senadores da base, entre eles os petistas Lindberg Farias e Paulo Paim, anunciaram que votarão contra o ajuste

"Finalmente os bancos levam um pequeno beliscão e vão contribuir com o ajuste fiscal que até agora penalizou apenas os trabalhadores e as empresas produtivas", avalia Tereza Cruvinel, colunista do 247, ao comentar a elevação de 15% para 20% da Contribuição sobre o Lucro Líquido, medida publicada hoje e que deve render algo em torno de R$ 4 bilhões ao governo; setor financeiro, acrescenta a jornalista, até agora não "tossiu" nem "mugiu"; "Como reclamar se ganharam tanto só neste primeiro trimestre de um ano tão duro?", questiona; "Então, finalmente o verdadeiro 'andar de cima' entra com alguma contribuição. Resta saber se ela contenta os críticos do ajuste", finaliza; senadores da base, entre eles os petistas Lindberg Farias e Paulo Paim, anunciaram que votarão contra o ajuste
"Finalmente os bancos levam um pequeno beliscão e vão contribuir com o ajuste fiscal que até agora penalizou apenas os trabalhadores e as empresas produtivas", avalia Tereza Cruvinel, colunista do 247, ao comentar a elevação de 15% para 20% da Contribuição sobre o Lucro Líquido, medida publicada hoje e que deve render algo em torno de R$ 4 bilhões ao governo; setor financeiro, acrescenta a jornalista, até agora não "tossiu" nem "mugiu"; "Como reclamar se ganharam tanto só neste primeiro trimestre de um ano tão duro?", questiona; "Então, finalmente o verdadeiro 'andar de cima' entra com alguma contribuição. Resta saber se ela contenta os críticos do ajuste", finaliza; senadores da base, entre eles os petistas Lindberg Farias e Paulo Paim, anunciaram que votarão contra o ajuste (Foto: Gisele Federicce)


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Por Tereza Cruvinel

Finalmente os bancos levam um pequeno beliscão e vão contribuir com o ajuste fiscal que até agora penalizou apenas os trabalhadores e as empresas produtivas. Com a elevação de 15% para 20% da Contribuição sobre o Lucro Líquido, medida publicada hoje pelo Governo, o setor bancário como um todo contribuirá com algo em torno de R$ 4 bilhões.

Com as restrições que afetam os trabalhadores, o governo pretendeu uma economia de R$ 18 bilhões, mas as mudanças impostas pela Câmara já causaram uma redução de seis a oito bilhões de reais nesta projeção. Com a medida ainda não votada que reduz o alívio na folha de pagamento, concedido a 56 setores econômicos no primeiro governo Dilma, os cinco bilhões de reais pretendidos devem cair para quatro. O grosso do ajuste virá com os corte orçamentário de R$ 69 bilhões. De modo que a taxação dos bancos é um beliscão. Tanto que até agora não tossiram nem mugiram. Como reclamar se ganharam tanto só neste primeiro trimestre de um ano tão duro?

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Num período de grandes quedas nas bolsas, registros de prejuízos, redução da produção e pedidos de recuperação judicial, especialmente entre empreiteiras atingidas pela Operação Lava Jato, os bancos conseguiram repassar o aumento dos juros para os tomadores de empréstimos e com isso tiveram grandes lucros no primeiro trimestre. Vamos aos números. Os ganhos das 25 maiores empresas do setor financeiro somaram R$ 17,7 bilhões de janeiro a março, um crescimento de 42,8% frente ao ganho de R$ 12,4 bilhões nos mesmos meses do ano passado, segundo balanços divulgados na semana passada.

O maior deles, o Itaú, lucrou R$ 5,733 bilhões no trimestre –26,8% mais do que no mesmo período de 2014. Bradesco e Santander tiveram ganhos de R$ 4,244 bilhões e de R$ 684 milhões, respectivamente, resultados 23,3% e 32% superiores ao registrado no mesmo período do ano passado. No Itaú, os empréstimos aos consumidores e empresas trouxeram um ganho de R$ 14,092 bilhões de janeiro a março –27,8% mais do que no mesmo período de 2014. O Bradesco também elevou em 13,2% os ganhos com os empréstimos, que subiram de R$ 9,048 bilhões para R$ 10,242 bilhões em relação ao primeiro trimestre de 2014. O Banco do Brasil também anunciou, dia 14, que teve lucro líquido de R$ 5,818 bilhões no primeiro trimestre, 117,3% maior que o obtido no período em 2014.

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Então, finalmente o verdadeiro "andar de cima" entra com alguma contribuição. Resta saber se ela contenta os críticos do ajuste, especialmente os senadores da base aliada, entre os quais os petistas Lindbergh Farias e Paulo Paim, que juntamente com outros oito senadores de esquerda aliados, anunciaram que votarão contra o ajuste e até pediram a cabeça do ministro Levy, levando a presidente Dilma a dizer que ele tem a confiança dela e fica no governo. Os senadores também não se manifestaram até agora.

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