Pesquisa aponta redução em nível de retração da economia

 A indústria brasileira continuou mostrando retração em julho, com as empresas cortando vagas e diminuindo as compras, mas o ritmo de contração desacelerou após quedas menos acentuadas no volume de novos pedidos e de produção, mostrou o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês); Markit informou que o PMI da indústria subiu para 47,2 em julho, ante 46,5 em junho, ficando abaixo da marca de 50 que separa crescimento de retração pelo sexto mês seguido

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industria (Foto: Paulo Emílio)


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Por Flavia Bohone, Reuters - A indústria brasileira continuou mostrando retração em julho, com as empresas cortando vagas e diminuindo as compras, mas o ritmo de contração desacelerou após quedas menos acentuadas no volume de novos pedidos e de produção, mostrou o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgado nesta segunda-feira.

O Markit informou que o PMI da indústria subiu para 47,2 em julho, ante 46,5 em junho, ficando abaixo da marca de 50 que separa crescimento de retração pelo sexto mês seguido.

"A recessão industrial mostrou sinais de moderação durante julho. No entanto, a última leitura do PMI ficou entre as mais baixas desde 2011, refletindo uma economia fraca", disse a economista do Markit e autora do relatório, Pollyanna de Lima.

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Apesar de permanecer mostrando contração da indústria, o PMI indicou maior nível em cinco meses em julho, sustentado por movimentos positivos em seus dois maiores componentes: volumes de novos pedidos e de produção.

Os índices de produção e de novos pedidos entraram no sexto mês de contração em julho. No entanto, as taxas de retração foram atenuadas e as mais fracas desde fevereiro.

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O levantamento mostrou que os fabricantes brasileiros estão cada vez mais cautelosos em relação ao controle de custos, situação agravada pela diminuição prolongada do volume de novos pedidos.

Desta forma, a força de trabalho foi reduzida pelo quinto mês consecutivo, mas com a taxa de contração moderada e quase inalterada em relação a junho. As empresas apontaram iniciativas de redução de custos como a principal razão para a queda no nível de empregos.

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"Pressões para cortar emprego claramente permanecem intensas pelo país, conforme as empresas se esforçam diante da queda da demanda. Os níveis de estoque também foram reduzidos, com os fabricantes mantendo postura cautelosa em relação ao controle de custos", disse a economista.

As compras de insumos caíram pelo sexto mês seguido em julho, em meio ao cenário de redução das necessidades de produção. Os estoques de matérias-primas e de produtos pré-fabricados também diminuíram em julho, sendo que, de modo geral, a taxa de retração foi acentuada e a mais rápida em três meses.

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Quanto à inflação, os preços subiram pelo décimo mês seguido em julho, mas à taxa mais lenta desde outubro do ano passado e mais fraca do que a média de longo prazo para as séries da pesquisa. Os custos dos insumos subiram pelo nono mês, mas no ritmo mais fraco do ano.

A indústria vem mostrando fraco desempenho e pesando sobre a fraca economia do país este ano, com estimativas apontando para queda de 5 por cento, segundo dados da última pesquisa Focus, do Banco Central. O mesmo levantamento com analistas mostra que o Produto Interno Bruto (PIB) deve fechar o ano com retração de 1,76 por cento.

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Na terça-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia a Estatística (IBGE) divulga os números referentes a junho da produção industrial. Em maio, houve alta surpreendente de 0,6 por cento em relação o mês anterior, interrompendo três meses de queda e no melhor resultado em quase um ano, mas ainda insuficiente para mudar o rumo negativo do setor neste ano.

(Edição de Patrícia Duarte

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